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MEMÓRIA. As histórias de João Irion, um pioneiro da educação em SM que não perde de vista os horizontes

Inauguração do serviço de Medicina Nuclear no Hospital Universitário: Padre Romulo, João Irion, Mariano da Rocha, Salomão Seligmann e Pedro Martinez, entre outros (Foto arquivo pessoal)
Inauguração do serviço de Medicina Nuclear no HUSM: Pe. Romulo, João Irion, Mariano , Salomão Seligmann e Pedro Martinez, entre outros (Foto arquivo pessoal)

A iniciativa da Associação dos Professores Universitários é louvável. relembrar os pioneiros e ouvir suas histórias, para difundi-las a um número bem maior de pessoas que, de outra forma, não as conheceriam. As entrevistas, conduzidas pelo colega Ricardo Ritzel, acabam se transformando em documento importante para quem quiser entender o que aconteceu em Santa Maria, sobretudo a partir da segunda metade do século passado – e que tem repercussão no presente e garantia de permanência no futuro.

O portal Bei, do qual este sítio é parceiro, também entendeu o espírito da coisa. Tanto que reproduz o material publicado originalmente na página da APUSM. E, aqui, você também o tem, de maneira que seja possível ampliar, tanto quanto possível, esse tipo de informação relevante.

Esta semana, quem expõe e se expõem é o médico e professor João Irion, que, inclusive, é um dos fundadores da Unimed na cidade e grande incentivador do início do processo que levou à criação da Cesma, a cooperativa dos estudantes. Creia, vale a pena conferir:

João Irion assumiu na Academia de Letras adotando Mariano da Rocha como patrono de sua cadeira nº 18 (Foto arquivo pessoal)
Irion assumiu na Academia de Letras adotando Mariano  como patrono (foto arquivo pessoal)

Estes Pioneiros e suas Histórias – João Irion: perseguindo o horizonte

Por RICARDO RITZEL

João Eduardo Oliveira Irion nasceu em Cacequi, se formou em Medicina na Universidade Federal do Paraná e, desde então, vive e trabalha em Santa Maria.

É médico especialista em Radiologia e Medicina Nuclear. Iniciou sua carreira no magistério universitário antes mesmo da criação da UFSM, como professor na cadeira de Fisiologia da primeira turma do Curso de Medicina, naquela época, anexa à Faculdade de Farmácia.

É um pioneiro que conhece como poucos a história do Ensino Superior em nossa cidade. Tanto que, ao entrar na Academia Santa-Mariense de Letras, escolheu como patrono de sua cadeira 19 o eterno reitor José Mariano da Rocha Filho, figura humana que expressa sua admiração já nas primeiras palavras desta entrevista ao Jornal da APUSM.

Estes são alguns fragmentos de uma história de vida que se entrelaça com a educação universitária santa-mariense e, por que não dizer, brasileira.

O reitor, o professor e a universidade

“A UFSM entrou em minha vida antes mesmo de ser fundada. Eu me formei em 1954 e, um ano depois, em 1955, o Mariano me convidou para ingressar no quadro de professores do Curso de Medicina de Santa Maria, anexo à Faculdade de Farmácia, que ainda pertencia administrativamente a então chamada Universidade de Porto Alegre, hoje UFRGS.

Lembro que quando assumi a cadeira de Fisiologia tinha como colegas, entre outros, o Domingos Crossetti, o José Erasmo Crossetti e o Londero. E todos esses professores já apoiavam a ideia do José Mariano da Rocha em implantar uma universidade em Santa Maria, mesmo sabendo que não existiam universidades fora das grandes capitais brasileiras. E todos nós acreditávamos neste projeto, pois o Mariano já provara que estava sempre um passo à frente. Era um visionário.”

Um pioneiro em todos os sentidos

“Em 1971, fiz o curso de Medicina Nuclear, que era naquela época uma novidade muito recente, até mesmo nos Estados Unidos, que somente nesse mesmo ano reconheceu a nova especialidade médica. Então, cheguei para o reitor e disse que gostaria de implantar a Medicina Nuclear em Santa Maria. Ele achou aquilo uma coisa fantástica e imediatamente aceitou a ideia. Em seguida, já estávamos colocando o equipamento no Hospital Universitário de Santa Maria que ainda se encontrava em construção. Mariano era assim: sim ou não, e na hora!”

As semelhanças com outros tempos

“Naquela época, Santa Maria era um polo estadual de Medicina. Hoje já há outros, como Passo Fundo, Ijuí e Caxias. E a grande semelhança com os dias de hoje era a cidade estar cercada de estradas ruins. Muito ruins para dizer a verdade. Então havia uma situação muito engraçada aqui na cidade: em dia de chuva, os consultórios ficavam vazios, ninguém chegava por que ficavam atolados na viagem. A outra semelhança é que continuamos sendo polo de Medicina, e de ponta”…”

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