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Exclusivo: a lúcida opinião de Antonio Carlos Jordão, do PMDB

Recebi hoje uma correspondência eletrônica de Antonio Carlos Jordão, peemedebista mais que histórico, ex-prefeito de Jaguari duas vezes e que, enfim, tem uma folha de serviços das mais notáveis no seu partido e na comunidade regional. Caio (como é mais conhecido) comenta, no e-mail, a intrincada situação do PMDB, às voltas com disputas em torno de uma candidatura a deputado estadual.
      Ele não afirma – mas também não nega -, em momento algum, a própria condição de pré-candidato. Mas vai adiante, bem adiante. E, por isso, com a devida licença dele, estou tornando público o que escreveu.
      Inclusive porque serve para a reflexão de todos quantos gostam de política, independente de sigla partidária. E também para a análise daqueles que acompanham a discussão que este site, modestamente, mostra com exclusividade – e graças à colaboração de muitas fontes peemedebistas, a maior parte delas pública (é bom ressaltar e aplaudir), como o próprio Caio Jordão, que encontram guarida neste espaço.
     
      Tenho o palpite que, com o texto a seguir, temos muito que aprender. Políticos (ou não) de todos os partidos. Leia com atenção. Amigo Claudemir:
     
      Tenho acompanhado tuas matérias a respeito da candidatura do PMDB a Deputado Estadual. Eu não sei quando e onde o partido se reuniu para discutir os nomes dos pré-candidatos. O Presidente Cláudio (Rosa) e o Tubias (Calil) não querem nem ouvir falar no meu nome, não sei se por medo ou o que, pois sou morador de Santa Maria, eleitor em Santa Maria, filiado ao PMDB de Santa Maria, membro do Diretório Municipal e nunca fui convidado para uma reunião para tratar esta questão.
      E também sou pré-candidato, embora tenha minha base também no Vale do Jaguari, onde fui Prefeito por duas vezes e poderia dizer que em função de ter sido Presidente da AMCENTRO por duas vezes, ter sido Presidente do BANCO DA TERRA regional, Presidente do Prodetur (consórcio de municípios do vale do Jaguari para desenvolver o Turismo) Presidente do Corede Central, também teria uma abrangência regional.
      Mas eu tenho uma posição bem clara sobre o assunto. É certo que o PMDB de Santa Maria não elege Deputado Estadual e temos vários exemplos: Werner, Jaime, Evandro Behr. A região do vale do Jaguari também não elege Dep. Estadual. Exemplos: Eu em 94, Ninito (Sarturi), de Santiago, e Vasco (Carvalho), de São Francisco de Assis. A Quarta Colônia também. Exemplo: Ari (da Anunciação), de Agudo por duas vezes.
      E hoje eu afirmo, com toda certeza: se o PMDB da região central tiver dois candidatos, não elege nenhum. E assino embaixo.
      Tem gente se lançando aí para ser candidato de qualquer jeito, para fortalecer seu nome para uma futura eleição municipal, ou como vereador ou postular uma vice e colocam seus projetos pessoais acima do interesse do Partido.
      Eu aprendi, ao longo de meus mais de trinta anos de atividade política, que o partido está acima dos interesses pessoais. Com 21 anos, me elegi vereador e aos 25 concorri a Prefeito, na época em sublegenda pelo então MDB. E fui sabendo que não teria chance alguma. Embora tenha sido o mais votado individualmente, na soma da sublegenda perdemos, porque meus dois companheiros fizeram uma votação muito pequena.
      Concorri porque entendia que, naquele momento, o partido ficaria fragilizado se eu não fosse candidato e teria grande dificuldades no futuro. Talvez em função disso, tempos depois ganhamos três eleições seguidas. Dei este exemplo, mas teria muitos.
      Por isso eu penso que o partido da região deveria amadurecer e discutir entre as três microrregiões (Central, Vale do Jaguari e Quarta Colônia) e entre os diversos candidatos que estão se apresentando, escolher um nome, que bem trabalhado teria condições de se eleger. Caso contrário, o Partido terá somente candidatos e não um representante na Assembléia Legislativa. Mas, pelo que estou vendo, pela ambição de alguns, não teremos Deputado novamente. É lamentável.
      Penso que todos os partidos deveriam agir assim, porque hoje a região central se ressente muito de uma maior representatividade política e depois ficamos chorando nos cantos. Outras regiões nos dão um banho. O eleitor também precisa ter esta consciência, pois o que tem de “estrangeiros” pegando voto aqui é um horror. Vira uma terra de ninguém, mas é uma mudança de cultura que precisa ser trabalhada.
      Um abraço,
      Caio Jordão

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