A prefeitura e os moto-taxistas irregulares
Os moto-taxistas irregulares também foram recebidos hoje à tarde pelo prefeito Valdeci Oliveira e um grupo de seus assessores de Primeiro Escalão.
Grupo considerado, no interior do Centro Administrativo, como o mais belicoso (e o episódio lamentável nas galerias da Câmara, ainda que isolado, consolidou esse entendimento) dentre todos os que, hoje, confrontam decisões do Executivo, os moto-taxistas afirmaram que a categoria está disposta a aderir à regularização do serviço. E reivindicaram a abertura de 250 novas vagas para a categoria, proposta que deve ser discutida em nova reunião, na sexta-feira da próxima semana. Nesta sexta, dia 17, comprometeram-se os líderes do movimento a protocolar a relação dos moto-taxistas irregulares que atuam na cidade.
Valdeci recebeu bem, em princípio, a proposta, reiterando que há mais de 40 vagas disponíveis na licitação dos prefixos ainda não preenchidas. Também reafirmou que a fiscalização ao serviço começará efetivamente na próxima segunda-feira, dia 20, mas o Executivo irá viabilizar uma alternativa para que os moto-taxistas que optarem por se legalizar não sejam penalizados.
Estamos começando a encontrar uma alternativa que beneficie a todos, disse o prefeito, segundo sua Assessoria de Comunicação, ao comemorar o resultado da reunião.
COMENTÁRIO MEU: Será a maior vitória política do ano, até aqui, se Valdeci Oliveira conseguir levar adiante a sua idéia de regularizar o transporte através de motos. Mas alguns obstáculos fundamentais precisam ser superados. E não apenas os decorrentes do número de vagas – afinal, é muito improvável que o Executivo aceite regularizar os 250 postos solicitados.
Há, ainda, a ser considerados os pleitos de que as cores sejam as de fábrica (e não o laranja escolhido pela prefeitura e já em vigor), que seja permitido mais uma moto por profissional (o que é inviável) e que se permita fazer outro serviço, além do transporte de pessoas (é legalmente impossível, pois se trata de negócios de naturezas diferentes).
Enfim: muito me engano, ou há um longo e tortuoso caminho ainda a ser percorrido. Pessoalmente, apenas espero que o tema seja discutido com maturidade. Por ambas as partes. Isso já estaria de bom tamanho. Mas tenho minhas dúvidas, não nego.
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