Audiência do shopping. Quem lê esta página já sabia o que seria
Quem acompanha esta nem sempre modesta página de internet não se surpreende. Basta reler, por exemplo, a nota Audiência pública tem tudo para virar comício, postada na madrugada do dia 9, quinta-feira, exatamente às 00:08:10. Foi um verdadeiro festival. E até que foi discutido o objetivo específico da convocação feita pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Serviços Públicos da Câmara de Vereadores, que era a discussão do projeto de aquisição do prédio do Cine Independência para a criação do shopping popular.
O evento, no plenário do Legislativo, contou com a presença de “ambulantes, artesãos e camelôs”, que, como informa o material distribuído pela Assessoria de Imprensa da Câmara, manifestaram sua já esperada opinião contrária ao projeto do SP.
Como diz a mesma notícia, houve uma “grande participação da comunidade”. E os vereadores Cláudio Rosa, Isaias Romero, João Carlos Maciel, Jorge Pozzobom, Sérgio Cechin, Tubias Calil, ouviram as reivindicações das categorias e afirmaram que levarão em consideração a vontade dos trabalhadores informais.
Só que, como prevíamos aqui, a audiência se tornou um verdadeiro comício de catadores, moto-taxistas não legalizados, invasores de terrenos urbanos e outras categorias apoiadas por um grupo de parlamentares. O que é legítimo, diga-se. E, mais que um comício, houve também manifestações que prejudicaram o trânsito no centro da cidade em plena hora do rush. Também é verdade.
Ah, este jornalista não está fazendo juizo de valor. Apenas dizendo o óbvio: há quem queira pegar uma carona nas manifestações, a maioria delas fora da lei (o que não lhes tira legitimidade), sabendo que, de um lado não têm força política para sustentar o movimento, nem as próprias reivindicações; e de outro, um votinho ano que vem (ou dentro de três anos) pode ser conquistado agora.
Só não se afirme, por favor, que o objetivo era discutir o “shopping popular”. Era, mas não apenas isso. Que ninguém é bobo. Ou, pelo menos, este jornalista não se considera.
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