Distensão na Câmara. Será? Tomara
Depois do espetáculo da última sexta-feira, quando declarou que os moto-taxistas deveriam “invadir os gabinetes dos vereadores” e, se fosse o caso, “fechar a Prefeitura”, o peemedebista João Carlos Maciel, na sessão de hoje do Legislativo pediu à bancada do PT que retirasse a queixa feita à polícia na noite de domingo.
Alguns poderiam interpretar esse ato como uma capitulação. Não é o meu caso. Acho, mesmo, que o parlamentar se arrependeu do que disse sexta. Até porque, em sã consciência, é difícil acreditar que quisesse mesmo que suas sugestões fossem aceitas. Crer nisso é apostar que ele não respeita as instituições. E ele respeita. E muito.
Logo, sua atitude, de resto nobre, teve o mérito de um pedido de desculpas de alguém que sabe que errou. E não merece – penso eu – a pecha de incitador ou provocador. Ainda que seja exatamente essa a imagem que passou. E da qual, mostra o ato de hoje, se arrependeu.
Enfim, o ato de purgação de Maciel, na sessão desta quinta-feira, creio que deva ser interpretado como um sinal muito claro: há limite, sim, para o debate político. E não deve ser jamais ultrapassado. Por civilidade. Mas também para a preservação da ordem democrática. Que não deve nunca transbordar para a desordem e à ameaça, afinal, à vontade popular expressa nas urnas.
Oposição, claro. Mas não tentativa de inviabilizar uma administração. Que deve ser testada, e reprovada se for o caso, nas urnas. E no momento preciso e adequado.
Não é democrático tentar antecipar o pleito por razões de ordem política ou por vontade pessoal eventualmente rejeitada. E isso, é fácil perceber, nunca passou pela cabeça de Maciel – um vereador em primeiro mandato mas com muita responsabilidade. Um resvalão, foi o que cometeu. E que assim precisa ser entendido, imagino, pela bancada petista. Esta cometerá um grande erro se persistir na vontade de processar o adversário. Não acredito que os petistas escorreguem. Seria de uma estupídez política inimaginável.
EM TEMPO: quem sabe o ato de Maciel não permita uma nova regra de convivência no Legislativo. Todos ganham. Especialmente a sociedade.
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