Fórum já foi mais representativo. E unido

Não é culpa, certamente, do coordenador atual do Fórum de Entidades Empresariais, Paulo Brondani. Aliás, ele na função já foi um achado do coordenador anterior, Jair Behr, que também gozava (e goza) do respeito absoluto de todos os integrantes do FEE. Tanto quanto Brondani, acrescente-se, e outros ex-coordenadores, inclusive o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Pedro Stangarlin.
      Ocorre que, criado em fins dos anos 80, início dos 90, a partir de um núcleo liderado pela Cacism – Câmara de Comércio e Indústria, para debater problemas comuns à categoria patronal, e procurar influir, de alguma maneira, nas coisas da cidade, o FEE não consegue, hoje, disfarçar as próprias diferenças.
      No caso do Hospital Regional, para ficar apenas num exemplo recente, todos estão a favor. Mas há controvérsias sobre a localização – anunciada e já em andamento -, no Distrito Industrial. Isso opõe o Fórum a alguns de seus representados, os empresários já atuando no DI. E até mesmo à sua maior entidade agregada, e sua idealizadora, a Cacism – que não esconde sua contrariedade.
      A própria amplitude do FEE, para alguns exagerada, já sofre críticas. Feitas, claro, em ambientes externos – que não é de bom tom, nem aceitável, que se tenha esse comportamento dissonante em público.
      Há quem acredite, mesmo, que o Fórum esteja, digamos, ligeiramente “contaminado” pelos episódios políticos-partidários. Se não resolver isso, a instituição “informal” que reúne as entidades empresariais corre o sério risco de ver sua importância diminuída.