Menezes candidato da AD à presidência do PT. E embola tudo no reino petista

A maior corrente política interna do PT em Santa Maria está dividida, para dizer o mínimo. Após dois dias de encontro fechado, com seis pré-candidaturas postas, a Aliança Democrática, que tem entre seus maiores líderes o próprio prefeito Valdeci Oliveira, definiu Fernando Menezes, secretário na primeira administração petista e atual assessor de gabinete do vereador Loreni Maciel, como o seu candidato à presidência do Partido, em eleição que acontece em setembro.
      A escolha de Menezes é o maior indicativo da discórdia interna da “AD”. Ele foi para a “final” (eram seis os pré-concorrentes e ficaram dois) com Valdir Oliveira. Para “evitar” uma desgastante votação, como ouvi agora há pouco de uma fonte, Oliveira e seus apoiadores desistiram, com o que, para o público externo, sai um candidato de “unidade”.
      Nada mais falso. Na verdade, a corrente majoritária no PT santa-mariense está completamente fracionada. E mesmo o compromisso que haveria com os integrantes da tendência “PT Amplo”, do deputado Paulo Pimenta e da secretária Misiara Oliveira, entre outros, pode não estar mais vigorando. O deputado federal disse a este jornalista, há cerca de dois meses, que o “Amplo” apoiaria o nome que o prefeito indicasse. E, por mais que a retórica possa vir a ser outra, é pouco provável que Menezes fosse o preferido de Valdeci. Muito pelo contrário.
      Especulava-se hoje a possibilidade de, diante do desfecho da “AD”, o “Amplo” apresentar candidato. Que poderia ser Raul Villaverde, atual secretário de Segurança e ex-vice da agremiação. Nesse caso, não é desusado acreditar que integrantes ainda na “AD” preferissem a alternativa Villaverde.
      Resumindo: salvo uma mudança hoje imprevisível, pode-se apostar numa grande lambança interna na Aliança Democrática e, por conseqüência, no próprio PT. O desenlace, seja qual for, só se dará em stembro.