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O Hospital Regional e o Distrito Industrial (13). A última manifestação oficial da Cacism

Em 29 de dezembro do ano passado, a Câmara de Comércio e Indústria divulgou uma nota oficial em que reitera o que havia sido discutido no início daquele mês e, enfim, deixa muito clara sua preferência. Só não vê quem não quiser.
      Eis a nota, assinada pelo presidente da entidade, José Roberto Denardin, na íntegra:
     
      NOTA À IMPRENSA E COMUNIDADE
      EXISTE ALTERNATIVA PARA O HOSPITAL REGIONAL
     
      A CACISM, Câmara de Comércio, Indústria e Prestação de Serviços de Santa Maria, em decorrência dos últimos fatos envolvendo a liberação técnica da área junto ao Distrito Industrial destinada à construção do Hospital Regional, sente-se no dever de vir a público para chamar a atenção da comunidade sobre a possibilidade concreta da construção desta obra em outra região da cidade.
      A alternativa em questão é um terreno de 4,5 hectares localizado perto da faixa nova de Camobi, próximo do Park Hotel Morotin e da sede campestre da Sociedade de Medicina, que seria doado pelo professor e ex-Reitor da UFSM, Tabajara Gaúcho da Costa.
      Por muitos motivos, o terreno é interessante para receber tal investimento: proximidade do Hospital Universitário e de Caridade; facilidade de acesso estando distante cerca de 300 metros da faixa nova de Camobi; ausência de indústrias nas proximidades; etc.
      Tal proposta foi apresentada pelo professor Tabajara, oficialmente, no dia 1º deste mês, em reunião na CACISM, ao Presidente do Corede Central, Caio Jordão; e ao Presidente do Consórcio Intermunicipal da Saúde, Prefeito de São Pedro do Sul, Walmyr Dressler.
      Estamos certos de que mudar, agora, a localização de tão importante investimento deverá causar transtornos ao processo, porém acreditamos firmemente que o terreno ofertado deve ser uma alternativa importante a considerar, especialmente quando um laudo técnico da FATEC, Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência, detectou diversos problemas que podem comprometer o funcionamento do Hospital Regional.
      A CACISM, bem como especialistas, já havia defendido, no início dos trâmites, que a área do D.I. não seria a mais indicada para receber tal investimento, uma vez que no local existem fábricas, como a de bateria, que, em seu processo de transformação, emitem fumaça e odores que podem comprometer a qualidade do atendimento hospitalar.
      Entretanto, comprometida com o desenvolvimento da cidade, a CACISM acatou a decisão tomada pelos órgãos competentes antes de conhecerem esta nova alternativa. A região quer, mais do que isso, precisa de uma melhor infra-estrutura para atender a demanda de toda a comunidade que hoje sofre pela falta de leitos. Defendemos esta obra que representará mais um salto importante na área da saúde, gerando novos postos de trabalho e novos investimentos neste setor.
      Pela importância desta obra tão aguardada, temos certeza de que os governos e legislativos estaduais e municipais, bem como as demais entidades envolvidas serão sensíveis em encontrar uma alternativa para, se a utilização do D.I. se mostrar inviável, que esta proposta de doação do terreno seja analisada sem a perda dos recursos liberados para o processo licitatório já realizado.
      Estamos certos de que, mais uma vez, o diálogo e o sentido de colaboração prevalecerão para o bem de Santa Maria e municípios vizinhos.
     
      José Roberto Denardin – Presidente da CACISM
      Diretoria da CACISM

     
      COMENTÁRIO MEU: Gente, se, depois de tudo o que se viu, ouviu e leu nos últimos dias, especialmente (modéstia a parte)neste espaço, alguém vier me dizer que há paz e harmonia entre as entidades empresariais, não terei como acreditar.
      Não, não são inimigos. Longe disso. Apenas pensam diferente. O que é, mais do que aceitável, natural numa democracia. Só recuso, como profissional, que me digam que há unidade. Esta, definitivamente, inexiste. Pelo menos em relação ao episódio “Hospital Regional no Distrito Industrial”. E tenho dito.

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