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O Hospital Regional e o Distrito Industrial (3)

O anúncio da construção, aparentemente de forma definitiva, do Hospital Regional (e o anexo do Hospital Sarah) em área de 27 hectares (4 ha construídos) do Distrito Industrial, definitivamente, colocou em pé de guerra os empreendedores que lá, afinal de contas, geram empregos e renda em Santa Maria. Eles, pelo que pude deduzir de entrevista coletiva a que compareci no final da tarde de hoje, no SENAI, estão decididos a colocar areia no projeto e, para tanto, não vão medir meios, inclusive judiciais.
      Os jornais de amanhã, certamente, trarão material a respeito. Pelo menos foram fartamente abastecidos de informações por parte dos dirigentes da Associação Distrito Vivo, presidida por Odilo Marion.
      Do encontro desta tarde extraí alguns tópicos para que você, internauta, tire sua própria conclusão:
      1) O DI, que já chegou a ter 1,2 mil hectares de área, mal chega a 273 hoje. Eram 300 até março de 2004. Foi aí, nessa data, alguns meeeeses antes do anúncio, pelo secretário Osmar Terra, de que o o HR seria construído no local, que a Secretaria de Desenvolvimento (Sedai) do Estado, transferiu, à Secretaria de Saúde, 27 hectares – exatamente aqueles sobre os quais deverá ser edificado o Hospital. Portanto, são qualquer coisa como 25% da área original.
      2) Com a transferência, por imposição legal (mmmmm… muito apropriado), a Fepam não mais terá que fornecer laudo técnico para o HR. Ela não tem essa atribuição em relação a hospitais. Ao contrário, terá que fiscalizar as empresas – para que estas não façam barulho, por exemplo, e prejudiquem o Hospital. Resumindo: a área, na prática, não é mais do DI, mas do HR.
      3) Os empreendedores reunidos na Associação Distrito Vivo estão elaborando uma correspondência (que você deverá ler aqui, na íntegra, quando for divulgada) para a qual esperam contar com a adesão de setores representativos da comunidade. Inclusive do presidente do Consórcio de Saúde, o médico e prefeito de Mata, Welton Raci Malgarin da Costa, que entendia (e durante a reunião da manhã de ontem, com Osmar Terra, nada falou a respeito)ser mais adequado ao HR o local na RST-287, oferecido pelo ex-reitor da UFSM, Tabajara Costa.
      4) Estudarão, os empresários, medidas legais para embargar a pretensão, protegendo o Distrito Industrial para sua finalidade primeira, e fornecendo subsídios capazes de derrubar a decisão agora tomada.
      5)Mesmo a alegação de que o custo do projeto já foi pago foi derrubada pelos empresários, que falaram hoje à imprensa. Disse um deles, por exemplo, que só o trabalho de terraplenagem, a ser feito na área escolhida, no DI, “custa mais caro que todo o projeto arquitetônico”.
     
      PALPITE CLAUDEMIRIANO: a história da construção do Hospital Regional, ao contrário do que dizem os discursos ufanistas e algo, digamos, exagerados, certamente ainda não pode ser dada como favas contadas. Pode acreditar.

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