Observatório: “Mais criatividade, por favor!”

O colunista fez uma pesquisa breve nos relatos noticiosos oficiais (isto é, oriundos do próprio Poder) das sessões da Câmara de Vereadores no mês de maio. Afinal, o Parlamento deve ser o local onde, é a suposição, grandes temas do interesse da comunidade sejam tratados. E eles são. Claro que são. Mas são poucos e sempre os mesmos. O que não é ruim em si mesmo, devemos concordar.
      A questão toda vai, porém, além da previsibilidade, que é em si mesma entediante e algo chata. Ocorre que a quase totalidade dos pronunciamentos se dá a reboque do Poder Executivo Municipal (Estacionamento pago, Casa de Saúde, situação dos catadores – são motes recorrentes), em primeiro lugar. E, secundariamente, refletindo temas políticos debatidos em nível estadual (segurança pública, por exemplo) ou federal (CPIs em geral, para ficar com um assunto).
      Será isso suficiente? Que não se negue a importância da atividade parlamentar. Nunca, nunca meeesmo isso deve se posto em dúvida. É um poder fundamental para a democracia. Mas, convenhamos, o cidadão tem o direito de exigir um pouco mais daqueles que elegeu. Que não se tenha, sessão após sessão, a conviver com a mesmice atrelada à pauta posta por outro poder ou esferas. Não há receita para isso, exceto, talvez, a criatividade, a inventividade – no melhor sentido do termo. Sim, sempre é bom esclarecer.