Com diploma! Sem emprego! – por Carlos Costabeber
Nada é mais frustrante para um jovem que acaba de sair da universidade, do que não encontrar emprego. A gurizada sai cheia de esperanças, com sonhos de uma vida profissional de sucesso, ambição de ganhar independência financeira e constituir uma família.
Só que a realidade é cada vez mais dura e impactante! Quando ingressaram no ensino superior, o Brasil vivia uma realidade bem diferente, pois havia crescimento e pleno emprego. Mas também foram anos de muitos erros na condução da politica econômica, e o resultado dessa bagunça governamental será um período amargo para todos os brasileiros, com muito desemprego e crescimento pífio.
Esse é o cenário para dezenas de milhares de jovens que estão saindo dos cursos superiores: o tão sonhado mercado de trabalho, até então receptivo, agora está fechando as portas; agravado por uma oferta exagerada de novos profissionais todos os anos.
Escrevo de cadeira, pois vivo essa realidade, ao receber pedidos de emprego de toda ordem. Sofro como pai e como mestre, ao ver esses jovens “largando currículo”, ou fazendo solicitações nos sites das empresas. Mas, infelizmente, a maioria absoluta delas simplesmente ignora esse fato, por uma questão de conjuntura, mas também por uma atitude míope. Afinal, quantos talentos batem a nossa porta, enquanto nos queixamos da falta de gente com potencial de trabalho. Programas de “trainees” são muito raros fora das grandes organizações.
Por isso tenho dedicado tempo e energia atendendo a pedidos de palestras em Santa Maria e nas universidades da fronteira. Sinto o quanto posso ser útil, orientando com a minha experiência, os jovens a melhor se prepararem para esse novo mercado. Insisto na importância de fazerem desde cedo, um planejamento para o futuro, sempre prevendo um “Plano B” ou “C”, na eventualidade de encontrar as portas fechadas pela frente.
Lembro aos colegas professores, que aumentou muito a nossa responsabilidade para com os alunos. Por isso, devemos levar para a sala de aula o tema “mercado de trabalho”. Somos praticamente a única esperança para eles, em receber uma orientação adequada, para que possam encontrar alternativas profissionais no futuro. E realmente, existe um lado promissor: apesar de tudo, o Brasil oferece cada vez mais oportunidades especificas, principalmente em novos empreendimentos (nichos na área tecnológica e na prestação de serviços).
Acredito que a Academia terá que se reinventar com urgência, principalmente nas matérias profissionalizantes, e buscando acelerar a integração escola-empresa. Essa é a nossa nobre missão em prol da juventude brasileira. Precisamos derrubar os muros que nos separam do mundo externo, para não sermos cobrados de omissão no futuro.
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