Coluna Observatório: “PT e PMDB, a grande barafunda”

Única (e irrelavante)
      diferença é que um se
      expõe, outro não. Só!
     
      O PT conseguiu uma proeza: tem seis (isso mesmo, seeeeis) candidatos a presidi-lo em Santa Maria. É uma inflação dos tempos de Sarney. Lembra? 80% ao mês, no final do mandato. Isso mesmo: 80 % ao mês. Impossível administrar o orçamento naqueles idos de 91, 92. Como é, também, entender essa confusão político-ideológica petista.
      O PMDB, por sua vez, conseguiu algo inédito: sequer existe oficialmente em Santa Maria. Mais de dois terços dos integrantes do Diretório renunciaram. O que, objetivamente, significa a dissolução. Só em outubro, quando da convenção municipal, o quadro se modifica. É incrível. Um partido como o PMDB, com a história de lutas, convicções e serviços prestados que tem, chegar a esse ponto.
      Entre os petistas, há grupos (ou correntes, ou tendências) internos devidamente organizados e que se apresentam como tal. E subgrupos, igualmente, tanto que só da dita Ação Democrática, a maior das forças internas da agremiação, surgiram dois concorrentes – que disputam acirradamente (para dizer o mínimo) a hegemonia.
      E, quanto aos peemedebistas, estes também têm suas “tendências”. Há a do Tubias, a do Cláudio Rosa, a dos “históricos”, a dos independentes, a “do Schirmer”, a do “sabe-se lá quem”, etc. E brigam, coooomo brigam. Às vezes até beirando o confronto físico – como aconteceu recentemente, na eleição da Juventude da sigla.
      O resultado? A cada vez maior descrença do cidadão com seus principais entes políticos. Afinal, com essa baderna (para quem não sabe, o Aurélio ensina que se trata de um dos sinônimos de barafunda) toda, em que a livre discussão (salutar) é subsituída pelo gritedo, não custa ao sujeito (e à sujeita) perguntar: se são assim é eles, como confiar poder a esses grupos? É de pensar.