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Poder. Maiores partidos buscam seu rumo no País. A pergunta é: e em Santa Maria?

As maiores agremiações políticas do país estão em mutação. Buscam espaço, traçam seus rumos, discutem (e rediscutem) sua estratégia. Tudo, claro, para alcançar o objetivo estratégico de qualquer partido: o Poder. E conservá-lo quem tem e onde têm.

 

Há maiores e menores dificuldades nesse sentido, como diz a cientista política e observadora da vida nacional Lucia Hippolito (confira, na sugestão de leitura, lá embaixo). Aparentemente, aos trancos e barrancos, o PT e o PFL, cada qual a seu modo, estão mais adiantados nessa discussão e, sobretudo, na tomada de decisões.

 

Petistas se jogam para o que antigamente seriam os “grotões” – agora viscejados pelo “bolsa-família” – perdendo espaço em setores que tradicionalmente jogava no time do PT. Mais exatamente a classe média das regiões mais urbanizadas.

 

Pefelistas, que eram os reis da grota, diz Lucia, se empenham em conquistar, olha só, exatamente a geografia perdida pelo PT. E se refunda (expressão que provoca urticária em setores predominantes no petismo), radicalizando: troca de nome, bandeira e presidente. Agora, são os DEMocratas, e jogam em frente.

 

Problema mesmo é o do PSDB, que a rigor, exceto em uma parcela da intelectualidade classe A, corre o risco da extinção, como afirma a cientista. E tenta, como noticiei ontem https://claudemirpereira.com.br/noticia.aspx?numero=5296, se reorganizar a partir de uma megapesquisa nacional. Sua crise de identidade é evidente, em termos nacionais, e urge uma providência, no entender de muitos e ilustres representantes do tucanato.

 

E o PMDB, hein? Bem, este está “na boa”. Depois de se transformar no maior aliado de Lula (e do PT), no governo de coalizão, parece ao menos ter escolhido um norte. Vai até o fim, com os cargos que obteve e ainda terá, e será, de novo, protagonista do pleito presidencial de 2010. Com ou sem (como em 2006) candidato. Emplacando um nome (qual?) para pontear ou coadjuvar uma chapa – nesse caso, muito provavelmente com o próprio PT.

 

Está tudo muito bem, está tudo muito legal – diria, no fim dos anos 70, início dos 80, na falecida banda Blitz, o hoje obsoleto Evandro Mesquita. Mas, e em Santa Maria? Como ficam os militantes, em nível local, diante dos projetos nacionais  de suas agremiações? Pois é, pois é. Boa pergunta.

 

O PT, aqui, é governo também. E tem nomes fortes para concorrer à Prefeitura, diante da impossibilidade legal do já reeleito Valdeci Oliveira. Mas tem que resolver-se. Aparentemente, a roda começou a girar mais rápido com o lançamento, aqui mesmo, do nome de Werner Rempel, pelo articulista do site, Luciano Ribas (releia aqui o artigo “Sobre leitores e futuro”, publicado no último domingo). È, mas até agora ninguém se coçou. Pelo menos extramuros.

 

Os tucanos estão com dramas semelhantes aos irmãos lá de cima. Tem poucos (mas expressivos) nomes. E um potencial candidato a prefeito, Jorge Pozzobom, que precisa (e está se esforçando nesse sentido) se repaginar para alcançar público diverso daquele que vota em candidatos proporcionais. Mas tem que se articular bastante para se viabilizar como concorrente real ao Poder municipal.

 

O PMDB precisa resolver (há dúvidas se está tentando) suas próprias divergências. Ao contrário da sigla, nacionalmente, aqui ainda é um partido partido, fracionado. E unido apenas em torno de uma liderança hegemônica, o deputado federal Cezar Schirmer, que, porém – muito em função, quem sabe, de seus porta-vozes – divide mais que agrega. E ainda tem que alcançar apoios importantes para se consolidar como candidato fortíssimo (forte, já é) à Prefeitura.

 

O PFL? Bem, desculpem os novos DEMs mas, em Santa Maria, o caminho está minado. A menos que alguma surpresa de fato fantástica surja nos próximos tempos, ainda demorará muito para que seja, esse novo partido nacional um protagonista municipal.

 

Não é o caso, em nível nacional, mas aqui há fortes contingentes de pedetistas e pepistas. Estes, o sonho de consumo de muitos, ou de todos os que querem vencer a eleição municipal de 2008. Aliás, não o PP, mas o seu principal (e renegado internamente) nome: José Haidar Farret.

 

Como se percebe, há pontos convergentes entre as ações nacionais e locais das principais siglas da política brasileira e santa-mariense. Mas as divergências são mais evidentes. Ou não?

 

SUGESTÃO DE LEITURA –  leia aqui, na íntegra, o artigo “Espécie em extinção”, de Lucia Hippolito, publicado na página do jornalista Ricardo Noblat na internet.

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