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Coluna Observatório: “O maior dos perigos de uma greve”

Largada se deu
em assembléia
pouco concorrida

Que não se diga que os dirigentes sindicais dos docentes da UFSM não têm se esforçado. Muito pelo contrário. É evidente o dispêndio de energias as mais diversas por parte das lideranças. Seja no discurso, seja nas ações. Eles vão e vêm, passam em salas de aula, caminham pelo Campus, se reúnem, avaliam, elaboram estratégias, avançam na discussão. É, reconheça-se, comovente a disposição que se percebe entre sindicalistas e seus aliados.

Não faltam, na verdade, razões para os professores universitários parar o trabalho. A pauta de reivindicações, a começar pelo reajuste salarial, é de uma justeza poucas vezes percebida antes, em movimentos paredistas semelhantes, que remontam à metade dos anos 80, ainda ao tempo do regime militar.

Por que, então, não empolga a greve deflagrada a partir da última segunda-feira, não obstante os números algo pomposos anunciados pelos comunicados oficiais? E, mais grave ainda para quem acredita ser possível a vitória na luta contra o governo federal, por que (ainda) não se vislumbra a possibilidade de que se tenha, no âmbito da UFSM, a vivacidade e o brilho de outros tempos?

Essa talvez seja a grande questão, não desta greve propriamente, senão que de todo o movimento sindical, especialmente o que engloba os servidores públicos. O doloroso, para quem acompanha a luta dos docentes desde longa data, é perceber que esta, particularmente esta, corre o maior dos perigos de uma greve: ninguém notar. Nem o patrão, nem a sociedade, nem o próprio trabalhador.

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