PT santa-mariense vive seu inferno astral
O que não falta, aos petistas de Santa Maria, é problema. E isso a menos de uma semana do pleito interno. No próximo domingo, 18, pouco mais de 1.600 filiados estão em condições de comparecer às urnas e escolher o novo Diretório e o seu presidente. Duvida-se que mais de 20% possam votar, tamanho é o desânimo que se percebe entre a militância, em função dos reflexos inequívocos da crise nacional.
Há três candidatos concorrendo – se não houver (e há quem entenda que possa ocorrer) mudança de última hora. Um acordão entre as tendências majoritárias no município torna favorito (o que não quer dizer vitorioso) o nome de Jarcedi Terra. Corre por fora Cristiano Schumacher, o nome lançado pelas correntes ditas de esquerda. E há, ainda, o “independente” Nei Colombo.
Este último, porém, aparentemente caiu em desgraça – se acreditando que seja “julgado” internamente logo após o processo eleitoral. Colombo fopi “identificado” como a fonte que deflagou reportagem, há cerca de um mês, no Diário de Santa Maria e que desnudou a complicação das contas internas no Partido. E que, na semana passada, levou o mesmo material ao Ministério Público – abrindo uma nova fonte de complicações para o PT santa-mariense.
Acuado, o atual diretório, presidido por Luiz Carlos Fort, nomeou, para tratar do assunto, uma comissão de sindicância, presidida por Fernando Menezes, e composta também por Raul Villaverde e Ivo Cassol.
Se isso já não é pouco, agora imagine que, no âmbito parlamentar, o partido conseguiu ficar de fora de uma CPI que vai investigar supostas irregularidades na secretaria municipal de Assistência Social e Cidadania. O que está gerando críticas internas severas é o fato de a bancada não conseguir se articular minimamente. Está tão dividida quanto o restante da agremiação – aliás, o que se vê no Legislativo é o mesmo notado nas instâncias decisórias.
Com tudo o que ocorre, e a menos de uma semana do pleito interno, há quem creia que a agremiação, no Parlamento, está sendo, simplesmente, incompetente. O que facilita, inclusive, a ação oposicionista. Mais por omissão, que por ação.
Se isso não é inferno astral, o que será?
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