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Quem gasta mais diárias, a Prefeitura ou a Câmara?

Uma dúvida sempre presente. E alvo, aliás, de contestações não raro veementes dos parlamentares, quando vêem publicadas informações sobre as que eles recebem. “Por que vocês (jornalistas) não falam das da Prefeitura?”, cansei de ouvir de um e outro, normalmente daqueles que mais se utilizam delas, as ditas diárias.

No jornal A Razão, em sua edição desta terça-feira, 20, uma reportagem de Fabrício Minussi tenta responder a questão. A seguir, a reprodução do texto, para que você tire sua própria conclusão:

Quem está gastando mais em diárias?
Prefeitura economizou e Câmara de Vereadores desembolsou mais dinheiro para viagens em 2004


Levantamento realizado pela Secretaria de Município das Finanças revela que a Prefeitura gastou cerca de R$ 57 mil a mais que a Câmara de Vereadores em diárias de janeiro a novembro de 2004. No entanto, a Prefeitura conseguiu reduzir os gastos em relação a 2003. O mesmo não aconteceu com o Legislativo, que nos últimos três anos gastou mais em representação externa e aperfeiçoamento da atividade parlamentar e de seus servidores. De R$ 93.100,66 em 2002, gasto de vereadores e funcionários da Câmara com diárias saltou para mais de R$ 136.539,05 mil em 2004. No mesmo ano, a Prefeitura desembolsou R$ 193.817,00 para custear viagens.
O levantamento refere-se aos gastos verificados nos poderes Executivo e Legislativo de janeiro a novembro de 2004. Nesse período, a Prefeitura desembolsou R$ 193.817,00 para custear viagens do prefeito, secretários, assessores, servidores efetivos e cargos de confiança (CCs) em representação externa ou aperfeiçoamento de suas atividades. No mesmo período, a Câmara de Vereadores aprovou, em plenário, R$ 136.539,05 para viagens de representação externa de parlamentares e cursos de aperfeiçoamento de servidores do quadro efetivo e CCs.
O secretário de Município de Finanças durante 2004, Mauro Müller, disse que a redução dos gastos com diárias por parte do Executivo faz parte de uma conscientização de todos os quadros da administração municipal.
“Procuramos implantar uma política de melhor aproveitamento dos recursos. Por isso, orientamos todas as secretarias para que evitassem, por exemplo, enviar dois servidores para um mesmo curso. Isso, certamente acabou pesando no relatório elaborado pelas Finanças. Mas também é preciso salientar que existe uma variação entre gastos com representação institucional e participação de funcionários em cursos de capacitação”, avaliou Müller.
Ele não quis emitir qualquer juízo de valor a respeito dos gastos com diárias realizados pela Prefeitura e Câmara. “Mas cabe salientar que no Executivo são 20 órgãos e Legislativo apenas um”, concluiu.
Já o ex-vereador Paulo Airton Denardim (PP), que presidiu a Câmara durante o primeiro semestre de 2004, disse que não tem condições de avaliar os números apresentados pela Prefeitura.
“Preciso ter acesso aos dados que existem no Legislativo para ver se batem com os que foram apresentados pela Secretaria de Município de Finanças. Mas posso adiantar que no primeiro semestre de 2004 a Câmara gastou menos da metade do orçamento. As viagens são aprovadas pelos próprios vereadores e os números estão a disposição na Câmara para quem quiser conferir”, comentou Denardim.
O ex-vereador Carlos Alberto Buzatti (PTB), que presidiu a Câmara durante o segundo semestre de 2004, não foi localizado para falar sobre o assunto.

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