Severino dá entrevista, para se defender. Mas ninguém mais acredita nele
O caminho é óbvio: processo por quebra de decoro, que iniciará esta semana na Comissão de Ética da Câmara, a partir de uma representação que deverá ser protocolada por três partidos: PPS, PDT e PV.
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, deu entrevista, até agora há pouco. O objetivo era se defender das acusações de que receberia um “mensalinho” de um dos concessionários dos restaurantes do Legislativo.
A fala, pelo menos, tem um mérito. O deputado fez o que o Presidente Lula nunca aceitou: deu entrevista coletiva e respondeu a todas as perguntas dos jornalistas. Negou, negou, e negou. E se enrolou, se enrolou, se enrolou (sugiro, para detalhes específicos da entrevista, os sites www.terra.com.br, mais informativo; e www.noblat.com.br, mais analítico).
Parece óbvio que Severino está a caminho do cadafalso. E poucos acreditam que tenha condições políticas para dirigir a Câmara. Ele, de qualquer forma, garante que vai dirigir a sessão de quarta-feira, em que o plenário decidirá o destino de Roberto Jefferson, o petebista que detonou a crise, há mais de três meses.
Curiosamente, se os parlamentares, como estão ameaçando, se afastarem quando Severino estiver no seu posto, e este mantiver o que disse hoje, quem ganha é Jefferson: afinal, não haverá quorum para a sua cassação.
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