Severino se manda para Pernambuco. Agora, briga de foice para saber quem vai sucedê-lo
Denunciando as “elitezinhas” da Câmara dos Deputados, o pernambucano Severino Cavalcanti, eleito em fevereiro para presidir o Poder, renunciou hoje à tarde e se mandou para sua terra, João Alfredo, no interior de Pernambuco.
Três semanas e pouco depois do surgimento da denúncia de que ele recebia “mensalinho” de concessionário de restaurantes da Câmara, o escolhido por PFL, PSDB, parte do PMDB e outras agremiações oposicionistas, para confrontar os candidatos do dividido PT, o partido do Governo, acabou naufragando.
Agora, a briga é outra: em cinco sessões, no máximo, prevê o regimento interno da Casa, outro parlamentar será escolhido para o cargo. Segundo todos os indícios, a escolha tende a ser pelo atual vice, o pefelista alagoano José Thomaz Nonô.
Mas ainda corre por fora, com chances escassas, ao que tudo indica, o peemedebista Michel Temer. Com possibilidades ainda mais ralas, existem outros nomes, todos da base governista: o petista Arlindo Chignalia, o socialista Beto Albuquerque e o que, consta, seria o preferido de Lula, o comunista do B e ex-ministro da Articulação Política, Aldo Rebelo.
De qualquer forma, para o bem ou para o mal, a decisão dos parlamentares, no voto ou no consenso, se dará até a próxima quinta-feira. Teremos, ao que tudo indica, um loooongo fim de semana pela frente.
E o Severino? Bem, este garante que volta eleito pelo povo de Pernambuco. Ele, com a renúncia ao mandato atual, manteve o direito de concorrer de novo em 2006. E volta. Ou alguém duvida?
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