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Alguém acreditava que a crise terminou? Pois, sim!

A decisão da maioria dos parlamentares a caminho da guilhotina, que preferiram enfrentar o processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, para alguns significou, mais que o fim da crise política, o prolongamento de uma agonia que vai acabar, meeeesmo, é na cassação (ou, como é mais correto dizer, perda dos direitos políticos por 8 anos) de todos eles.

A propósito, leia aqui o comentário da cientista política Lucia Hippolito (reproduzida no site de Ricardo Noblat, na rádio CBN:

“Finalmente, acabou a agonia. Ou começou, dependendo do ponto de vista.
O Conselho de Ética da Câmara abriu processo contra 11 deputados federais, por quebra do decoro parlamentar. Esses 11 vão se juntar aos três cujos processos já estão correndo. Assim sendo, podemos esperar uma leva de cassações.
Isto porque, embora os processos não sejam todos da mesma natureza, a maioria diz respeito ao crime de caixa 2.
Nunca é demais repetir que usar dinheiro de caixa 2 em campanha eleitoral não é um erro, como querem fazer crer os deputados envolvidos, a direção do PT e mesmo o presidente da República. Usar caixa 2 em campanha eleitoral é crime.
E crime deve ser punido.
É sempre bom lembrar as sábias palavras do ministro da Justiça, Marcio Thomas Bastos: “Caixa dois é coisa de bandido.”
São fracos os argumentos de que um recebeu apenas 20 mil, o outro 50 mil sacados pela mulher. O que configura o crime é a ilegalidade envolvida na origem e na utilização desses recursos e não a quantidade de dinheiro. Por isso, dois mil valem a mesma coisa que dois milhões.
Os 11 novos processos abertos ontem devem se arrastar no mínimo até o final do ano. Se o Congresso se autoconvocar para trabalhar no recesso, tudo poderá estar pronto para ser votado em fevereiro.
Mas se o Congresso não trabalhar durante o recesso, os processos de cassação chegarão ao plenário lá para meados de março. Quando então a campanha eleitoral de 2006 estará irremediavelmente contaminada pelo escândalo do mensalão.
Era tudo o que o presidente Lula não queria. Por isso, o Planalto estimulou tanto uma renúncia coletiva, ou pelo menos a renúncia dos deputados petistas. Para ver se encurtava a crise.
Não deu certo. Os petistas envolvidos no mensalão preferiram ignorar os apelos do presidente Lula e fazer companhia ao deputado José Dirceu no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.”

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