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Invasão de privacidade não tem mais limites

Comentei agora de manhã, na Rádio CDN (como faço habitualmente, em algum momento entre 7 e 30 e 8 horas), sobre a impressionante voracidade do telemarketing das grandes empresas de prestação de serviços, sobretudo telefonia, instituições financeiras e cartões de crédito.

Relatei o fato de, somente na noite de ontem, terça-feira, num espaço inferior a uma hora, ter recebido três telefonemas, sucessivamente de uma operadora telefônica (oferecendo acesso à internet – que já tenho, e da própria dita cuja); de um banco (querendo me vender um plano de capitalização); e de um cartão de crédito (objetivando me “presentear” com outro “card” da vida).

Questionei, também no comentário, a inércia dos legisladores, que a rigor nada fazem (até onde sei) para conter essa terrível e cada vez mais abrangente invasão de privacidade. Afinal, o cidadão não tem o direito de sentir-se só, nem mesmo em seu próprio lar. Algo tem que ser feito. É o que imagino, pelo menos.

A propósito do comentário, acabo de receber uma correspondência eletrônica. Vou reproduzi-la aqui, pedindo desde já licença ao missivista para omitir algumas palavras (ou substituí-las por outras). Afinal, ao cabo de tudo, embora nossa justíssima indignação, não merecemos também ser processados. Não é verdade? Então, vai lá:

Bom dia,
Avalizo o teu comentário de hoje (05.10.05) pela manhã e acrescento o quanto estou indignado.
Ontem, às 19:30, precisei de um serviço da operadora de telefone que tenho e liguei para o 10314. Fiquei tentando até às 20:00.
< Indignado, entrei no site da empresa e enviei uma mensagem difamando o serviço e dizendo que iria trocar de operadora.
Pois bem, entrei no site de outra empresa, concorrente da primeira. Achei o nº do telefone de comunicação para não clientes, e quase fiquei bobo de tanto discar.
Não tive dúvidas, voltei ao site e mandei uma mensagem dizendo que pretendia trocar de operadora, mas vi que no final das contas eu sairia da m. para entrar na b., ou seja, estaria trocando seis por meia-dúzia.
É assim mesmo. Invadem nossa privacidade, via telefone e e-mail, principalmente na nossa hora de descanso, prometem mundos e fundos, sem falar na poluição visual na cidade em termos de outdoor, panfletos, encartes em jornal etc. etc. etc.
E, depois, deixam uma máquina com voz de “china bêbada”, para encher o nosso ouvido de tanto dizer “aperte esse, aperte aquele, aperte o outro número (é capaz de, no fim das contas ter que processar a operadora por ter causado L.E.R. (Lesão por Esforço Repetitivo) em nossos dedos de tanto apertar números) e não resolvem nada.
Um grande abraço
Adamastor Ribeiro Bertin


COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: Simplesmente faço minhas as palavras do Adamastor. E ponto

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