Nossa!!! Como gastam nossos deputados estaduais!

O pioneirismo foi da rádio CDN, que desde o início do funcionamento do site da transparência da Assembléia Legislativa tem divulgado os gastos, especialmente com combustível e impressos, dos representantes santa-marienses no Legislativo Estadual. Fabiano Pereira, do PT, e José Haidar Farret, do PP, têm seus números esmiuçados pela reportagem da emissora.

Pois, agora, também o Diário de Santa Maria, com base nos dados de setembro, traz tudo bem esmiuçadinho. Leia a reportagem que o jornal publica na sua edição desta quinta-feira:

“Gastos estão na mesma
Fabiano e Farret mantêm média mensal de despesas na Assembléia
Os dois deputados estaduais de Santa Maria têm mantido sua rotina de gastos desde que um levantamento começou a ser divulgado todos os meses pela Assembléia Legislativa. Em setembro, José Farret (PP) e Fabiano Pereira (PT), juntos, custaram R$ 125 mil aos cofres públicos, R$ 7 mil a menos se comparado ao mês de maio, quando os dados passaram a ser colocados na Internet (www.al.rs.gov.br).
No gabinete de Fabiano, a conta mais alta do mês passado foi a de telefone (veja quadro – para acessá-lo vá à página do DSM na internet: www.clicrbs.com.br/jornais/dsm): R$ 6.048,71. Em maio, o gasto foi de R$ 2.340. Segundo ele, o valor de setembro não é real.
– Não tem como dar uma conta dessas – diz o petista.
Fabiano diz que a Assembléia abriu uma sindicância para investigar a possibilidade de clonagem dos telefones do seu gabinete e de outros deputados, devido às contas elevadas.
Tirando o telefone, Fabiano manteve sua rotina inalterada. Ele continua rodando muito pelo Estado para ampliar bases e garantir a reeleição. Em setembro, viajou mais de 11 mil quilômetros. Como a cota máxima de combustível para cada deputado é de R$ 5 mil, Fabiano, que usa o próprio veículo, pagou do seu bolso o restante.
Deputado gastou menos em cópias coloridas
Farret viaja bem menos. Ele mantém média de 5 mil quilômetros rodados. Farret prefere manter contato com seus eleitores por correspondências e cartões. Por isso, investe nas cópias coloridas. Mesmo assim, freou as despesas com esse tipo de material. Em setembro, a conta deu pouco mais de R$ 1 mil, valor bem mais baixo se comparado a maio, quando gastou R$ 4,4 mil. Ontem, ele não foi encontrado para falar sobre o assunto.”

EM TEMPO: Antes que os outros veículos de comunicação da cidade reclamem, deixo claro que emissoras de rádio, que não a CDN, também trataram do tema. Mas não com a profundidade encontrada nos veículos aqui citados. O que não lhes tira o mérito, claro. Prefeiro, no entanto, evidenciar os que foram mais longe no trabalho jornalístico. Só isso.