Observatório: “O vendaval que virou brisa”

Era meia dúzia. Confirmação? Só a de Ovídio Mayer

E chega-se ao primeiro dia de outubro. Agora, não dá mais. Quem pretende ser candidato a qualquer cargo no próximo ano, e não for ministro do Supremo Tribunal Federal (a única exceção legal), terá que sê-lo pela agremiação a que pertence. Trocar de partido, só para 2008.

Houve, nos últimos dias setembrinos vôos os mais diversos, sempre atendendo às conveniências eleitorais (ok, ok, ideológicas) de cada um. Aqui mesmo, em Santa Maria, o nono mês se prestou às mais variadas conjecturas. Em não poucos casos, mera especulação. Noutros, estimuladas por personagens às diversas, em busca de notoriedade – ou espaço na mídia, para ser direto.

A grande, significativa, talvez fundamental mudança, porém, não aconteceu. José Farret será candidato à Assembléia pela terceira vez. E no mesmo time, o PP. Como era o óbvio – somente não percebido por quem, legitimamente, o convidou. PTB e PSDB terão que esperar nova chance, que surgirá lá por 2007, mais ou menos, descontadas as sutilezas políticas que permitem a surpresa.

Luiz Carlos Fort é outro. Assediado aqui e ali, renovou juras ao PT e a ele segue fiel. Por enquanto. Já João Carlos Maciel, do PMDB, o campeão de votos, é cobiçado, incensado, desejado, acarinhado, chamado, buscado e sempre badalado por meia dúzia de siglas. Mas, a menos que o chefe Cezar Schirmer deixasse, alguém de fato acreditava que o vereador sairía de onde está? Até pode, mas é improvável, para dizer o mínimo. De resto, os demais citados são, respeitosamente falando, da periferia da política santa-mariense.

Assim, de um vendaval anunciado sobrou a brisa. E soprada por Ovídio Mayer, o pepista que virou petebista. Claaaaro que foram razões ideológicas, somente elas – como se constatará logo em seguida, no pleito de 2006.