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Disputa. Em uma semana, 546 convencionais vão decidir quem será o presidente do PMDB

Nelson Jobim ou Michel Temer. Mais chances para o segundo, segundo o noticiário deste final de semana. Um deles, porém, se nenhum tipo de acordo for firmado até o próximo domingo, será o presidente do PMDB, o maior partido político do país, até o início da noite do dia 11.

 

A escolha será feita por 564 convencionais que, porque alguns somam várias funções, significam, na verdade, um total de 782 votos. Para exemplificar: O santa-mariense Cezar Schirmer (Maicon Di Giacomo é o outro peemedebista da boca do monte que também vota) terá três votos: como deputado federal, integrante do Diretório Nacional e delegado gaúcho à convenção.

 

Além da honra de comandar a maior agremiação da política brasileira, Jobim e Temer disputam também a interlocução prioritária com o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Afinal, o PMDB é o principal partido da coalizão governista, ombreando com o PT, a sigla do próprio Chefe do Executivo.

 

E isso, acredite, tem muitos significados – muito além da mera relação entre dois partidos. Sobre isso, a influência do Palácio do Planalto e outros temas, vale a pena ler a reportagem assinada por Fábio Schaffner, da sucursal de Brasília, que o jornal Zero Hora está publicando em sua edição deste domingo. Confira:

 

“PMDB trava guerra à sombra do Planalto

Temer e Jobim disputam no dia 11 o comando da maior sigla pró-Lula

 

Michel Temer e Nelson Jobim, os dois candidatos à presidência do PMDB, pregam em seus pronunciamentos a unificação do partido, o maior do país, com mais de 2 milhões de filiados, sete governadores e as maiores bancadas na Câmara e no Senado.

Esse discurso esconde uma guerra pelo poder marcada por sabotagens e traições. Os reais objetivos que movem os grupos no duelo pelo comando do PMDB são dois: dialogar diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desfrutar de prestígio político na Esplanada dos Ministérios.

– O jogo está pesadíssimo. O território está mais minado do que Cabul (capital do Afeganistão) – resume o deputado federal Darcísio Perondi.

O principal foco de conflito se concentra na indicação do novo ministro da Saúde. O médico sanitarista José Gomes Temporão, que deve assumir a pasta, é ligado à bancada do PMDB no Senado, como seu principal padrinho, o governador do Rio, Sérgio Cabral, e tem o apoio dos defensores da candidatura de Jobim. O bloco de Temer, mais numeroso e coeso, insistia em indicar um deputado para a pasta. Estavam cotados os gaúchos Perondi e Osmar Terra, além de Marcelo Castro (PI), Moisés Avelino (TO) e Reinhold Stephanes (PR).

A divisão entre os dois grupos se acentuou na semana passada, depois de Lula manifestar preferência por Jobim e afirmar que pretende esperar a eleição no PMDB para deflagrar a reforma ministerial. Na noite de 23 de fevereiro, Lula manteve um encontro sigiloso com Jobim. A ação do presidente foi vista pelos aliados de Temer como uma interferência indevida na eleição do partido.

Uma reação se ensaiou na Câmara. No início da semana, Geddel Vieira Lima (BA), cotado para o Ministério da Integração Nacional, assumiu a coordenação da campanha de Temer e passou a semana alojado no gabinete da presidência do PMDB, de onde passou a cabalar votos. A estratégia deu resultados. Temer assegurou o apoio da maioria dos diretórios do Rio (77 votos), Minas Gerais (66) e São Paulo (43).

Ao recusar ministério, Temer frustrou manobra governista

Assustado com o crescimento da candidatura, Lula pediu ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que oferecesse a Temer o Ministério da Previdência. Na terça-feira, enquanto Jobim recebia no Rio o apoio de cinco governadores do PMDB, Tarso conversava com Temer no Palácio do Planalto. Para Lula, a oferta resolveria dois problemas: acalmaria a bancada na Câmara e tiraria Temer da disputa, abrindo caminho para Jobim. Em outro flanco, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, chamou a seu gabinete todos os deputados da bancada mineira do partido, em busca de votos para Jobim…
”

 

SE DESEJAR ler a íntegra, clique aqui.

 

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