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Schirmer se prepara para relatar processo contra Cunha

O deputado Cezar Schirmer tem sido muito chamado para entrevistas, o que é natural, a partir do fato de ter sido escolhido, por sorteio, o relator do processo contra o ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha. Agora há pouco, mesmo, falou para Marlon Herath, no programa Central CDN, da rádio CDN. E ontem deu entrevista à Agência RBS, cujo conteúdo o jornal Diário de Santa Maria publica na sua edição desta quarta-feira, junto à reportagem sobre a crise em Brasília. É esse o material que reproduzo abaixo:

‘Não me agrada o papel de inquisidor’

Agência RBS – Como o senhor recebeu a notícia de que iria relatar o processo do deputado João Paulo Cunha?
Cezar Schirmer –
Estava descendo do avião quando fui avisado pela Rádio Gaúcha. Não esperava nem desejava isso. Tem gente que tem aptidão para avaliar a conduta de outros. A mim, não me agrada esse papel de inquisidor.
Agência RBS – Qual é a sua opinião sobre os deputados envolvidos no mensalão? O senhor tem uma opinião firmada sobre os que renunciaram e os que decidiriam enfrentar o julgamento?
Schirmer –
Se eu tivesse alguma pré-concepção, a partir desse momento teria que deixar de ter. Sobre as renúncias, para eles talvez tenha sido o caminho menos traumático. Mas a renúncia não deixa de ser uma confissão de culpa.
Agência RBS – O senhor conhece o processo, as acusações contra o João Paulo?
Schirmer –
Não. O que sei é o que foi publicado pela imprensa. Estou indo para o Conselho de Ética para pegar uma cópia.
Agencia RBS – Se durante o andamento do processo o senhor chegar à conclusão de que o deputado João Paulo é inocente, não teme ser acusado de coorporativista, diante da ânsia da opinião pública por cassações?
Schirmer –
Não posso pré-julgar nem a favor, nem contra. Asseguro que serei isento e cumpridor dos meus deveres. A primeira condição para ser relator é o exercício da coragem. As circunstâncias externas não atrapalharão o meu trabalho, mas reafirmo que essa função não me gratifica nem um pouco. Não faço política avaliando a conduta das pessoas.
Agência RBS – O fato de o deputado João Paulo Cunha ter sido presidente da Câmara lhe constrange?
Schirmer –
Ele é o que está mais na vitrine. Isso dá mais dimensão ao processo, aumenta a responsabilidade.

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