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Vai sobrar, também, para o presidente nacional dos tucanos

Da lama toda que percorre a política nacional brasileira, é possível deduzir o óbvio: não há santos. Nem mesmo os que pregam a moral como primeiro e fundamental princípio. Isso vale, obviamente, para o PT, o mais notório. Como igualmente para o PFL, que tem o deputado federal Roberto Brandt na lista de 13 que irão ser investigados pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados e corre seríssimo risco de perder o mandato e os direitos políticos.

E também, veja só, para o PSDB, que parece cada vez mais na mira dos inquéritos parlamentares. Tanto que a CPI dos Correios avança nas investigações que poderão tornar o senador mineiro Eduardo Azeredo, aliás o Presidente Nacional dos tucanos, em mais um dos candidatos a ser defenestrado do mandato.

Não? Então leia a reportagem abaixo, que os jornais devem trazer nesta quinta-feira, e que foi disponibilizada na tarde desta quarta, pelo site do jornal O Globo, produzida (não tem assinatura do repórter) pela redação do diário das Organizações Globo:

CPI dos Correios investiga empréstimos de Valério ao PSDB
O Globo
SÃO PAULO – A CPI dos Correios está investigando novos empréstimos do publicitário Marcos Valério para a campanha do presidente do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), ao governo de Minas Gerais em 1998, conforme informação da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que integra a CPI. Pelo apurado até agora, Valério emprestou cerca de R$ 14 milhões para a campanha tucana.
– Descobrimos que o esquema de Minas Gerais tem mais empréstimos de Marcos Valério para Cláudio Mourão, em 2000 e 2001 – revelou Ideli, lembrando que Mourão, ex-secretário de Administração no governo Azeredo (1995-1998), foi tesoureiro de sua campanha na ocasião e já admitiu ter recebido recursos de Valério.
Em 1998, Valério contraiu dívidas junto ao Banco Rural. Até agora, a CPI apurou que foram levantados cerca de R$ 14 milhões. Em 2003, Valério quitou a dívida pagando somente R$ 2 milhões.
– O esquema de Marcos Valério começou em Minas Gerais com financiamento de campanhas do PSDB e do PFL. Há uma identidade na forma de fazer empréstimos e a relação das estatais de Minas que foram garantidoras dessas operações -disse a senadora.
Ideli acredita que o envolvimento do PFL e PSDB seja ainda maior e quer abrir o sigilo dos arquivos informatizados do empresário Daniel Dantas, sócio do banco Opportunity. A CPI pediu a quebra de sigilo, mas Dantas conseguiu na Justiça impedir a abertura dos arquivos. A ministra Ellen Grace Northfleet, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu a quebra do sigilo acatando a alegação de Dantas de que as informações não têm a ver com o foco das investigações.
– Tanto a CPI dos Correios como a do Mensalão levantaram indícios sobre as relações de Dantas com Marcos Valério. Duas empresas de Dantas, a Telemig e a Amazônia Celular, estão entre as principais fontes de abastecimento de Marcos Valério – apontou Ideli Salvatti.
A senadora catarinense reclama das dificuldades que a oposição levanta para impedir uma maior investigação de financiamentos irregulares de campanha que não sejam do PT.
– Há uma inequívoca intenção de investigar o PT e não a corrupção. Para eles, corrupção tem validade – afirmou.

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