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Assembléia discute saídas para impasse na greve docente

A partir das 2 da tarde desta segunda, os professores da UFSM se reúnem em assembléia, no auditório Sérgio Pires, no Campus. O objetivo é avaliar alternativas para o movimento paredista que, em Santa Maria, iniciou há dois meses, e enfrenta um momento crucial.

Proposta do governo, que prevê reajuste na “titulação” a partir de janeiro, e que consumiria recursos de R$ 500 milhões, foi recusada pela categoria. Esta fez uma contraproposta – rejeitada pelo governo, que alega falta de recursos para pagá-la.

No texto a seguir, leia a avaliação do movimento, feita na sexta-feira pelo Comando Nacional de Greve, e distribuída aos veículos de comunicação de SM pela Assessoria de Imprensa do sedufsm:

MEC insiste em proposta rejeitada pelo Comando Nacional de Greve/Andes-SN
Integrantes do Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) saíram decepcionados da reunião de hoje (4 de novembro) com o secretário executivo adjunto do Ministério da Educação (MEC), Ronaldo Nado Teixeira. Após cinco dias aguardando uma nova proposta do MEC, que assegurou enviá-la na última segunda-feira (31 de outubro), o comando recebeu somente hoje um documento que reitera pontos já rejeitados pelas assembléias de base do movimento grevista.
“O que ocorreu aqui gera uma profunda indignação no comando de greve e no sindicato. O governo nos entregou formalmente um documento em que ele reproduz e ratifica a mesma proposta entregue nas duas últimas rodadas de negociação”, disse a presidente do Andes-SN, Marina Barbosa.
Na quinta-feira da próxima semana (10 de novembro), há mais uma reunião, em que o comando apresentará ao MEC a resposta das seções sindicais sobre a proposta apresentada hoje. Pela reação dos grevistas ao documento entregue por Teixeira, a expectativa é que as assembléias não aceitem o que o governo propõe.
Segundo Marina, as assembléias das seções sindicais da base do Andes-SN vêm confirmando que não há acordo sobre o montante apresentado à categoria, R$ 500 milhões, e sobre os critérios impostos pelo MEC para distribuir a quantia. “Foi reafirmado nas assembléias o princípio da paridade entre ativos e aposentados, isonomia entre 1º, 2º e 3º graus, da recomposição salarial e de passos reais e concretos para acabar com as gratificações”, reitera a dirigente.
A greve já ultrapassou 60 dias e conta com adesão de aproximadamente 70% da categoria, de acordo com estimativas de Marina. Já são 38 Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) paralisadas, com mais oito votando pelo indicativo de greve. Duas dessas devem entrar na semana que vem na mobilização: a Universidade Federal do Paraná e Universidade Federal do Rio Grande.
Teixeira pediu desculpas pelo atraso no envio da proposta e explicou que, durante o período, o MEC “vinha dialogando com o Ministério do Planejamento”. “O esforço foi feito. Esgotamos as possibilidades com o Planejamento, que se debruçou sobre a proposta”, argumentou o secretário.
Teixeira resistiu em admitir que o documento é o mesmo que o das duas últimas etapas de negociação, salientando a proposta de formação de um Grupo de Trabalho conjunto para reestruturação da carreira. “Reivindicavam a necessidade de se discutir uma carreira comum entre professores de 1º, 2º e 3º graus. Nós acolhemos essa proposta. Isso é possibilitar uma estabilidade definitiva para carreira do magistério”.
O comando grevista contesta a forma como o MEC concebe o GT Carreira conjunto. “Para que os trabalhos sobre carreira sejam desenvolvidos, é preciso que as negociações em curso resultem em reduções das distorções hoje existentes entre 1º, 2º e 3º graus e entre ativos e aposentados, do que se afasta a proposta do MEC”, explicou Marina.

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