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Assembléia mantém greve na UFSM, mas explicita divisão do movimento sindical docente

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. De um lado, a manifestação praticamente unânime (apenas 5 abstenções em 86 participantes) da assembléia dos docentes da UFSM, contrária à proposta do governo e pela manutenção da greve. De outro, a exposição da clara divisão do movimento docente.

Um grupo, que tem entre seus integrantes lideranças docentes da UFRGS, Federal da Bahia e Federal de São Carlos, participa do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (PROIFES) e que se transformou numa espécie de dissidência do Sindicato Nacional dos Docente (Andes).

Moção de Repúdio ao PROIFES (e também à Central Única dos Trabalhadores-CUT) provocou acaloradas discussões no plenário – embora tenha sido aprovada por larga maioria. Parte das discussões integra, também, o conteúdo da nota distribuída aos veículos de comunicação pela Assessoria de Imprensa do Sedufsm, que reproduzo a seguir, para que você mesmo faça a interpretação:

“Greve dos professores continua e proposta é
de aumentar a pressão ao MEC em Brasília

O primeiro ponto de pauta na assembléia desta segunda, 7, no Auditório Sérgio Pires, que era de avaliar a reafirmação da proposta salarial apresentada pelo governo na última sexta, foi feita num curto período de tempo. Meia hora após iniciada a plenária, e com a participação 86 professores, a quase unanimidade já havia rejeitado a oferta do MEC de reajuste na titulação, considerada sem novidades, e analisada como discriminatória a professores aposentados e àqueles que possuem apenas graduação. Houve apenas cinco abstenções.
A indignação era grande, pois o entendimento dos docentes é de que não se pode compreender porque o governo reafirma uma proposta que já foi duas vezes derrotadas nas assembléias das 37 Instituições Federais de Ensino que estão paralisadas.
No entendimento do Comando Local de Greve dos Professores e, que teve posição referendada na assembléia, a pressão ao governo tem que aumentar. Um dos pontos aprovados é a realização de uma caravana a Brasília que, junto com o Comando Nacional de Greve possa estruturar uma “vigília” em frente à sede do Ministério da Educação, como forma de dar visibilidade ao movimento e pressionar o governo a melhorar a proposta que vem sendo apresentada. Uma nova rodada de discussões entre MEC e grevistas deve ocorrer na quinta, 10 de novembro.
DIVERGÊNCIAS – A segunda parte da assembléia e a mais longa foi consumida pela discussão de um Moção de Repúdio contra a CUT e o PROIFES (Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior), que congrega lideranças de associações docentes de várias universidades do país, entre estas, da Federal do RS, Federal da Bahia e Federal de São Carlos (SP).
A proposta foi feita por um dos diretores do ANDES na UFSM, professor Hugo Blois, do departamento de Arquitetura e Urbanismo, seguindo exemplo de outras seções sindicais, que também aprovaram moção semelhante.
O PROIFES, que foi criado em 2004, vem sendo acusado pelo Sindicato Nacional dos Docentes de estabelecer uma “negociação paralela” com o MEC e, também, de atuar como uma espécie de “braço sindical” do governo desde os tempos em que era ministro Tarso Genro.
A moção de repúdio “às ações” do PROIFES foi aprovada com dois votos contrários. A contrariedade a esse documento foi advogada por dois professores: Iberê Nodari (departamento de Engenharia Mecânica) e João Eduardo Pereira (departamento de Estatística), ex-presidente da SEDUFSM.
No que se refere à CUT, mais uma vez foi lembrado que a central não mais representa os professores desde março de 2005, quando o Congresso da categoria, em Curitiba, aprovou a desfiliação da entidade.
”

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