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Coluna Observatório: “Vitória de Pirro”

Pirro viveu no século III Antes de Cristo. Primo de Alexandre, o Grande, e considerado um grande militar, era rei de Epiro e se envolveu em inúmeras guerras em sua época, na região do Mediterrâneo europeu.
Numa das batalhas que travou, em Ásculo, no ano 279 A.C., derrotou os Romanos, mas perdeu tantos soldados, taaaantos, que teria lamentado, ao final do confronto: “outra vitória igual a esta e será o meu fim”. Como conta Hélio Schwartsman – em artigo no jornal Folha de São Paulo (há dois anos e meio), em que comenta a incursão de Bush (o II) no Iraque -, Pirro acabaria espulso da península Itálica, mas conquistou seu lugar na história “ao emprestar seu nome” à expressão “vitória de Pirro”.
Por que o colunista trafega sobre as peripécias pirronianas quase 300 anos antes da Era Cristã? Simples, muuuito simples. Trata-se, aqui, em tempos bem mais modernos, da vitória de Tubias Calil. Trata-se de incansável batalhador em busca de seus objetivos, estrela supostamente ascendende no PMDB de Santa Maria, que não é primo de Alexandre, mas tutelado de outro imperador, aliás deputado federal, Cezar Schirmer.
Tubias controla o Diretório Municipal do partido, a ser eleito em convenção neste domingo. Tem mais votos (filiou, junto com seu parceiro de luta, João Carlos Maciel, e outros “oficiais”, militantes suficientes para lhe garantir a vitória) e pôde até, no ponto de vista de um aliado seu, ouvido pela coluna, ser magnânimo. Aceitou compor com setores históricos da sigla, substituiu nomes irrelevantes (importantes, mas não fundamentais) de seu grupo e tornou a instância diretiva mais palatável ao conjunto do PMDB.
O que não se sabe, e por isso a divagação claudemiriana acerca de Pirro, é se Criador e Criatura se deram conta do brete em que se meteram, dos rancores internos que provocaram e até das brincadeiras externas de que são vítimas.
Há dúvidas sobre a eficácia da tática empregada e se ela é no ponto futuro, na estratégia, suficiente para vencer a guerra. Afinal, além do Diretório, Tubias (e Schirmer, o orientador, segundo 10 entre 10 peemedebistas que corajosamente – mas nem tanto, porque optam pelo cauteloso silêncio público – falaram a Observatório a respeito do que aconteceu nas últimas duas semanas) vai impor, por ser majoritário, também o Presidente Municipal, no caso, Haroldo Pouey, e a maioria dos integrantes da Executiva.
Não estará aí, plasmado, o típico caso de uma “vitória de Pirro”? Hein?

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