Coluna Observatório: Em ação, operação “deixa-disso”

Vinda do líder maior do PMDB no Estado é o pontapé inicial
É possível que a vinda de Pedro Simon, o nome maior da sigla no Estado, a Santa Maria, nesta sexta-feira, tenha sido o início efetivo de uma grande operação destinada a fazer com que a convivência, no PMDB, se não seja fraterna (seria pedir demais), atinja, pelo menos, um nível mínimo de civilidade.
O que é mais fácil, entre os peemedebistas santa-marienses, hoje, é encontrar algum deles p. da vida com a forma como foi conduzida a sucessão no Diretório e, depois, na Executiva. Mesmo entre os que referendaram as idéias difundidas por Tubias Calil (com o beneplácito, para dizer o mínimo, de Cezar Schirmer), e até compuseram a chapa afinal vitoriosa, há quem pense que tudo poderia ter se encaminhado de forma diferente. Mas não foi. E o que foi feito, feito está.
Então, o que fazer agora? Tentar encontrar uma maneira de coexistir no interior do partido, de maneira que os estragos de hoje não redundem em fracasso absoluto amanh㠖 entenda-se, a eleição de 2006. E a primeira atitude a tomar é, pensam os articuladores do “deixa-disso”, diminuir a intensidade do ruído provocado pelos descontentes. Que, “emocionalmente”, se dispõem a se candidatar a deputado apenas para prejudicar Tubias. Os mais “radicais” imaginam, inclusive, prejudicar Schirmer – a quem consideram o verdadeiro líder do processo.
Assim, a turma, a começar pelo próprio Senador, que preside o PMDB no Estado, tem o máximo interesse em minimizar o quadro, de forma a garantir que a sigla, como um todo, não acabe sendo punida.
Qual o objetivo final e concreto dos conciliadores? Simples, impedir que essa meia dúzia de candidatos a deputado venha, de fato, a concorrer. Só isso. O que não é pouco, convenhamos. Ah, ainda falta combinar com os interessados. Mas é isso que se está buscando a partir de agora.