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Direção da UAC é empossada. Mas derrotados vão recorrer ao Ministério Público

Em nota postada neste site na noite desta segunda-feira, já se antecipava: a eleição da UAC ainda vai acabar no Judiciário. Não será beeem nas portas da Justiça, mas nas do Ministério Público que vão bater os integrantes do grupo que perdeu o pleito de 15 de novembro e, descontente, não indicou os seus nomes (o Conselho e a Coordenação Executiva têm que ser formados proporcionalmente ao número de votos diretos obtidos) para as instâncias diretivas.

De qualquer forma, a posse se deu nesta segunda, e a Comissão Eleitoral acabou empossando (mesmo ausentes) 19 nomes dos perdedores para o Conselho, seguindo a ordem em que foram colocados na Chapa que concorreu à eleição.

Para entender melhor, leia a reportagem da jornalista Elisa Pereira, publicada na edição desta terça-feira, em A Razão “Empossados novos dirigentes da UAC
Posse ocorreu devido a manobra da Comissão Eleitoral. Integrantes da Chapa 1 não compareceram no ato

Mesmo com a negativa da Chapa 1, Renovação Comunitária, de indicar os 19 nomes a que tinha direito no Conselho Geral da União das Associações Comunitárias de Santa Maria, foi realizado ontem à tarde, no Plenário da Câmara de Vereadores, o ato de posse dos novos dirigentes da entidade.
A Comissão Eleitoral utilizou como manobra para garantir a posse, dentro do prazo de 15 dias após as eleições, a indicação dos nomes conforme listados no documento que homologou a inscrição da Chapa 1. Nenhum integrante da chapa compareceu a cerimônia para ser empossado, apenas os da Chapa 2.
Pela votação obtida na eleição da UAC, ocorrida no último dia 15, coube à Chapa 2 (Mutirão Comunitário), vencedora do pleito, indicar 41 dos 60 membros do conselho, formado por 45 titulares e 15 suplentes. O restante do nomes deveria ser indicado pela Chapa 1, em virtude da quantidade de votos recebidos no pleito. A alegação dos integrantes para não usar, por enquanto, o direito da indicação foi o fato de ainda não terem sido suficientemente esclarecidos pela Comissão Eleitoral problemas ocorridos na eleição, como a impugnação de seis urnas, a não entrega de outras oito nos locais de votação e o grande número de pessoas cadastradas na UAC que não puderam votar por não constarem nas listagens.
De acordo com os membros da Chapa 1, outro motivo que levou a não indicação dos 19 nomes foi a falta de entendimento com a Chapa 2 na composição dos 15 integrantes da Coordenação Executiva. Entre eles estão os três coordenadores gerais da UAC, que junto com os demais 12 integrantes da Coordenação Executiva são os responsáveis por dirigir a entidade no dia-a-dia.

Chapa 1 irá recorrer ao Ministério Público
Levar toda documentação relativa a eleição da UAC para análise do promotor de Defesa Comunitária, João Marcos Adede Y Castro. Essa é a intenção do líder da Chapa 1, José Hilo Bittencourt (Madureira). “Só com o parecer do promotor decidiremos qual o caminho iremos seguir”, afirmou ontem no final da tarde.
Conforme Madureira, falta apenas a entrega de um documento pela Comissão Eleitoral para que o processo seja encaminhado para apreciação do Ministério Público Estadual, o que deve acontecer até o fim da semana.
Sobre o fato dos nomes da sua chapa terem sido indicados a revelia do grupo, Madureira disse acreditar que isso não poderia ter ocorrido. “Tivemos três reuniões após a eleição com a outra chapa e não chegamos a um acerto quanto a Coordenação Executiva. Queriam nos dar cargos sem força nenhuma. A Comissão Eleitoral deu até as 10h de ontem para indicar os nomes e avisamos que não indicaríamos ninguém. Eles não poderiam por conta própria ter feito a indicação dos 19 nomes, utilizando os primeiros da lista. Muitos deles já nos disseram que em função de coisas que aconteceram no pleito já não querem fazer parte da Conselho Geral da UAC”, ressaltou.
O presidente da Comissão Eleitoral, Ronei Lopes, afirmou ontem que a Chapa 1 foi informada que caso não fornecesse no prazo os nomes eles seriam indicados conforme a lista apresentada na inscrição da nominata. “Eles não encaminharam para Comissão Eleitoral o que havíamos pedido então pegamos os 19 primeiros nomes da chapa, conforme aconteceu em 2001. Tomei por base o pleito da UAC de 2001 para tocar o processo”, salientou Ronei Lopes. Para o coordenador da Comissão Eleitoral a eleição da UAC não deve ir parar na justiça. “Acho que eles não irão entrar na justiça, pois acompanharam com fiscal e advogado toda contagem dos votos. Penso que se isso acontecer será um atraso para o movimento comunitário”, acrescentou.
Alexandre Pahim, líder da Chapa 2, e que foi confirmado ontem 1º coordenador geral da UAC, reafirmou que foi oferecido espaço na Coordenação Executiva para os membros da Chapa 1. “Fizemos isso mesmo não estando previsto regimentalmente e a oferta não foi aceita. Ficou demonstrado que a intenção deles não é contribuir com o movimento”, observou. Em seu discurso de posse, Pahim disse que todos os 60 integrantes do Conselho Geral da entidade terão a mesma importância no trabalho que será esenvolvido pela entidade.
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