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Divisão das lideranças (nacionais e locais) complica greve dos servidores da UFSM

Completa três meses na quinta-feira a greve dos servidores, que paralisa parcialmente a UFSM. Os Restaurantes Universitários e a Biblioteca Central, além de outros serviços importantes, não estão disponíveis desde 17 de agosto. O Hospital Universitário também sofre (menos, bem menos, mas sofre) com o movimento paredista. E, o que é mais grave, não surgem perspectivas de acordo entre governo e grevistas para pôr fim à situação.

A negociação, a cada dia que passa, se torna mais difícil, a ponto de haver quem acredite que o governo queira “matar a greve no cansaço”. Pode ser. Aliás, é bastante provável a hipótese, na medida em que movimento semelhante, no caso o dos docentes, também se encaminha para o mesmo brete. Mais que isso, tanto num quanto noutro caso, não falta quem creia que a greve pode terminar por inanição.

Tudo isso ainda precisa ser conferido. No entanto, conforme fontes do interior da própria instituição, aliás grevistas independentes dos dirigentes, com as quais o editor desta página tem conversado, um complicador bastante importante no processo é a divisão das lideranças grevistas.

Isso se dá tanto em nível nacional (o que enfraquece a negociação com o governo) como também aqui em Santa Maria. São nada menos que três correntes internas a comandar a Associação de Servidores e a própria paralisação. Todos se respeitam. No entanto, a condução do movimento acaba truncada – ora por um lado, ora por outros. Há desde petistas mais (digamos) governistas, até opositores empedernidos. E inclusive não petistas ainda mais à esquerda. Todos no mesmo grupo dirigente.

De fato, é difícil. Não se trata, aqui, de catalogar A, B ou C. Nem é necessário. Afinal, a eleição para a ASSUFSM, ocorrida nos dias 27 e 28 de abril já antecipava essa situação limite. Afinal, como a representação dos dirigentes é proporcional aos votos obtidos (o que é democrático, mas, no caso, pelo resultado, tornou-se um complicador), há grande paridade entre três forças. Para que o leitor entenda melhor, reproduz-se, aqui, o resultado da eleição da associação dos servidores:

Do total de 2907 eleitores, 1224 compareceram às urnas, o que é um índice para lá de razoável. Foram 21 votos brancos e 38 nulos, o que resultou em 1165 votos válidos.

A chapa 2, “Resgatando a Luta e a Dignidade” (cujo nome principal é Eloiz Guimarães Cristino) foi a vencedora com 497 votos dos 1165 eleitores (filiados à Seção Sindical), totalizando um percentual de 42,66% dos válidos. A segunda colocada foi a chapa 3 “Independente” (de Ricardo Norberto Feuerharmel), com 378 votos, 32,45% dos votos válidos. E, em 3º lugar, chegou a chapa 1, “Coerência na Luta” (de Loiva Isabel Marques Chansis), com 290 votos, 24,84% dos válidos.

Depois disso tudo, é preciso dizer mais?

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