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Docentes em greve fazem nova assembléia. Movimento tende a continuar

A estimativa de alguém bem enfronhado das coisas dos docentes da UFSM disse a este site, na tarde desta quarta, que é pouco provável que a greve que começou há quase três meses se encerre na quinta-feira, quando acontece assembléia geral, a partir das 9h, no Audimax (no Centro de Educação), no Campus. Esta fonte, bem situada no front grevista, acredita que o movimento se sustente, pelo menos em Santa Maria, por outros 15 dias, pouco mais ou menos.

Segundo nota da assessoria de imprensa da Seção Sindical da UFSM, Sedufsm, os docentes reivindicam o cumprimento de questões históricas “como o tratamento isonômico e a paridade entre os ativos e os aposentados”. Já o governo trabalha como idéia principal em sua proposta um reajuste na gratificação por titulação, “que beneficia doutores e mestres, prejudicando os graduados e, especialmente, os aposentados.” Atualmente, 39 Instituições Federais de Ensino estão em greve, entre universidades e Centros de Educação Tecnológica (CEFETs).

A título de curiosidade, e para ilustrar o que este site tem analisado – a divisão do movimento docente, pelo menos no que toca às suas lideranças, especialmente as nacionais – não deixa de ser interessante o texto abaixo, gerado pelo Comando Nacional de Greve e que reclama de posicionamentos do Ministério da Educação. Chama a atenção, especialmente, a acusação de privilegiamento de uma parte (aliás, minoritária) das lideranças, reunidas numa entidade que não o Sindicato Nacional. – observe a parte grifada do texto. Leia e você mesmo tira a conclusão:

“CNG denuncia arbitrariedades do MEC
O Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) solicitou hoje (29 de novembro), por meio de carta, a intervenção do ministro e do secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva e Sérgio Mendonça, na conduta do Ministério da Educação (MEC) diante dos professores do ensino federal.
Os grevistas alegam que os dirigentes do MEC vêm tomando atitudes arbitrárias nas negociações com os professores das instituições federais de ensino. A primeira delas, conforme descrito na carta, foi impedir que o Andes-SN representasse cerca de oito mil professores dos 1º e 2º graus das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) que fazem parte da sua base nas negociações salariais. “O MEC repete, em 2005, procedimento já adotado em 2004. Em razão de decisões unilaterais e arbitrárias, o ANDES-SN tem sido, desde julho de 2004, excluído das negociações que envolvem os professores da carreira de 1º e 2º graus, embora saiba tratar-se de uma mesma pauta de reivindicações dos professores, quer da base do ANDES-SN, quer da base do SINASEFE. Não há, portanto, nenhuma justificativa plausível para a insistente atitude discriminatória do MEC em relação ao nosso sindicato”.
Uma outra denúncia é a participação do Fórum de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), que é formado por um grupo minoritário de sindicalizados ao Andes-SN, nas negociações com o MEC. “O MEC, com isso, ignorando as decisões da grande maioria dos sindicalizados, dispensa tratamento diferenciado a um pequeno grupo de outros sindicalizados que não aceita a democracia do ANDES-SN e tem, assim mesmo, o privilégio da representação direta e paralela ao sindicato nas negociações”.
Ainda segundo o documento, as atitudes do MEC geram tensões desnecessárias, que precisam ser rapidamente revistas, “ a fim de que possa ser recuperado o diálogo entre o Andes-SN e o Governo em clima de respeito mútuo, atendendo aos preceitos institucionalizados pelo regimento da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), que balizam o sistema nacional de negociação”.
”

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