No PMDB, depois do “bate-boca”, a hora da turma do “deixa-disso”

Um dia bonito e calmo, esse em que os finados são homenageados. No PMDB, de ambiente definitivamente conturbado, é até possível que alguma reunião esteja acontecendo. No entando, depois da lambança verbal desta terça, no plenário da Câmara, entre os vereadores João Carlos Maciel e Cláudio Rosa, há grande expectativa para saber o que dirão na sessão marcada para esta quinta. Quem irá (se irá) à tribuna para falar da crise interna do PMDB?

A observação é legítima mas, se vale um palpite, é pouco provável a repetição das cenas. Desde o final da sessão do Legislativo, entrou em campo a turma do “deixa-disso”, com o objetivo de não tornar (se é que isso é possível) ainda mais dramática a conjuntura peemedebista, com a sigla envolta numa disputa nunca antes vista em Santa Maria.

Nas conversas “em off” tem sobrado críticas ao comportamento de Maciel e, principalmente, Tubias Calil. Este tenta, a todo custo, reverter a imagem negativa que lhe foi colocada(se justa ou não, a história dirá) junto ao público interno, até porque foi ele o subscritor da chapa que, salvo modificações que podem ser feitas até sexta-feira, será a única a concorrer.

Há intensos contatos, inclusive com a participação de Cezar Schirmer, por telefone, para que alguns dos históricos, especialmente o presidente de honra João PTB, se disponham a apor seus nomes na composição.

Há resistências, especialmente porque, ressalvada a possibilidade da mudança de opinião (repete-se o mantra: estamos falando de política), permanecem os vetos aos presidentes da Juventude Regional, Gustavo Saldanha e Local, Marcelo Acosta, o que, em tese, inviabilizaria um acordo de última hora.

E resta saber se a operação “cala-a-boca”, que se tenta impor desde a noite de terça, terá sucesso. Como saber? Só aguardando a sessão da Câmara de Vereadores desta quinta-feira.