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Uma (perigosa) guerra de extermínio opõe PT e PSDB. E vice-versa

Se alguém tinha dúvida, pode tirar “o cavalo da chuva”. Vem aí um enfrentamento poderoso, para utilizar uma linguagem que qualquer adolescente entende, entre os principais protagonistas do confronto eleitoral de 2006 – tucanos e petistas, petistas e tucanos. É o que se deduz do verdadeiro tiroteio verbal, nem sempre responsável, muitas vezes desqualificado intelectualmente e não raro hipócrita que dominam, neste momento, o cenário político do País.

Analistas insuspeitos começam a chamar a atenção para o fato de a irracionalidade estar dando as caras com maior intensidade. Talvez seja o caso de ler o comentário feito hoje, na rede CBN de rádio, pela cientista política Lúcia Hipólitto, reproduzido pelo jornalista Ricardo Noblat em seu site (www.noblat.com.br) e que tenho republicado aqui com alguma habitualidade. Eis o que ela falou nesta terça-feira:

“Tucanos x petistas. Uma guerra de verdade
Se ainda existia alguma dúvida de que a campanha eleitoral de 2006 começou para valer, esta dúvida não existe mais.
Apesar de todas as declarações do líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman, de que os tucanos não tiveram nada a ver com as denúncias estampadas na revista Veja desta semana, o PT reagiu com veemência, tanto na Câmara quanto no Senado, a respeito da suposta doação de dinheiro cubano para a campanha presidencial de Lula em 2002.
Isto significa que a disputa política pode ficar ainda mais violenta do que já está. PT e PSDB parecem estar empenhados numa verdadeira guerra de extermínio.
Às vezes, dá a impressão de que no final não vai sobrar nem petista nem tucano, tal é a violência dos ataques de lado a lado.
No Senado, o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio, chegou mesmo a anunciar que, segundo suas próprias palavras, poderá dar uma surra no próprio Lula. Isto porque o senador recebeu informações de que, em Manaus, sua vida e a de sua família estariam sendo investigadas, inclusive com ameaças.
Por isso mesmo, a atitude mais sensata do dia de ontem foi a do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, que declarou que vai entrar na Justiça contra a revista Veja, com uma queixa-crime por calúnia e difamação.
Esta é uma atitude digna de um presidente de partido, que tem responsabilidade política na manutenção de um clima um pouco menos beligerante.
A Justiça é o caminho adequado. Entrando com a queixa-crime, o PT permite que a revista apresente suas razões e até mesmo alguma nova evidência.
Se tudo não passar de fantasia ou de especulação vazia, a Justiça saberá punir a Veja. Caso contrário, caberá ao PT se explicar. É assim que as coisas se passam em ambientes civilizados.
A oposição, por sua vez, pode ajudar a esclarecer as coisas. O ex-assessor de Antônio Palocci, Rogério Buratti, já está sendo investigado pela CPI dos Bingos. Pode ser chamado novamente a depor.
Enfim, é preciso ter cuidado para que a crise não ultrapasse limites politicamente administráveis. Ou seja, cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
”

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