Coluna Observatório: Santa Maria já pode sonhar
Parlamento mostrou maturidade. O grande vencedor é o cidadão
Pode parecer coisa boba, ou utópica. Mas se havia algo que faltava para a cidade era um instrumento institucional capaz de nortear a discussão sobre o desenvolvimento de Santa Maria. Não falta mais. O Plano Diretor, aprovado pelo Legislativo na noite de quinta-feira, é essa ferramenta.
É possível que contenha falhas. Algumas ranhuras aqui e ali; uma saliência acolá. No entanto, o só fato de ser debatido ao longo de cinco anos, por todos os setores interessados, sejam eles políticos, empresários, trabalhadores ou os ditos cidadãos comuns, já seria em si mesmo suficiente para permitir o sonho.
No entanto, a criação, no bojo do projeto, do Instituto da Cidade, uma autarquia (em que os governos terão participação, mas não domínio), já é suficiente para crer que, acima dos poderes constituídos, existe um desejo. O do desenvolvimento, independentemente do poderoso da hora. E, o melhor de tudo, a proposta foi bancada por quem está no poder. E aceita e aprovada por quem não está.
Sim, é permitido sonhar. E acreditar que se possa planejar uma cidade melhor para todos. Não sem danos, nem rusgas eventuais. Mas com um pé no futuro. É verdade. Você tem razão, leitor. Esse colunista está delirando. Mas é um bom delírio, acredite. E cobre, no futuro.
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