Não faltaram polêmicas para o novato secretário de Trânsito, Carlos Félix

Talvez não esteja no topo da lista dos que enfrentaram os temas mais polêmicos do ano. Mas, certamente, é por ali, nas redondezas, que se encontra o secretário de Trânsitro, Transportes e Mobilidade Urbana, Carlos Félix, um dos novatos (e não alinhados partidariamente) a compor o primeiro escalão da segunda gestão de Valdeci Oliveira à frente do Executivo. Félix, desde iniciada a administração, tem procurado se colocar como um ente técnico a serviço de uma proposta política. Obteve êxito? Quem julga é você, caro leitor-eleitor.

Para ajudar na avaliação, torna-se muito interessante ler a entrevista especial concedida ao repórter Leonardo Moreti, da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, da qual se reproduz, a seguir, alguns trechos: “’A questão técnica tem de ter o apoio político’
Um especialista em Sistemas de Transportes coordena, desde o início de 2005, um trabalho árduo na administração municipal de Santa Maria: organizar a estrutura de trânsito e transportes, numa cidade que não planejava essa questão há décadas. Concluindo o doutorado em Engenharia Civil, Carlos Félix enfrentou situações polêmicas neste ano, mas com uma atuação dedicada e prioritariamente técnica, projeta soluções de longo prazo, que passam estrategicamente pela construção do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Santa Maria.
SeCom – Neste primeiro ano, à frente da Secretaria de Trânsito – criada em 2005, qual foi o maior desafio enfrentado?
Carlos Félix – Acredito que a própria implantação da Secretaria foi o maior desafio. A Secretaria foi criada para tratarmos tecnicamente, e adequadamente, as questões relativas a Trânsito e Transporte. O Prefeito Valdeci criou esta área baseando-se em estudos feitos anteriormente através de uma consultoria, que aconselhou a criação da Secretaria de Trânsito. Quando o prefeito me convidou a assumir a Secretaria, o que muito me orgulhou, conversamos e chegamos à conclusão de que deveria haver uma amplitude maior, ou seja, uma Secretaria de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana. Por que essas questões? Para tratarmos legalmente, e institucionalmente, todas as questões relativas à circulação urbana. Assumindo o deslocamento das pessoas, que configura o Trânsito, o Transporte e a política de Uso e Ocupação do Solo – como a questão de Mobilidade Urbana. Acho que avançamos muito em relação à antiga Secretaria de Viação e Transporte, que, devido às suas demandas, pouco tratava destes assuntos. Para todas as questões relativas ao Trânsito, nós temos a Diretoria Municipal de Trânsito (DMT), que age com a fiscalização e orientação do trânsito, temos ainda a Sinalização Viária, a fiscalização dos transportes, e conjuntamente a essas questões, temos de gerir um movimento melhor para as pessoas.
SeCom – Após um início turbulento, como está a relação entre a Secretaria e os agentes de trânsito?
CF – Acredito que a relação esteja da melhor forma possível. Havia uma precariedade de veículos, motos, uniformes e equipamentos. Nós procuramos resolver esta situação e acredito que evoluímos muito. Temos veículos funcionando bem, os agentes estão uniformizados e recebendo cursos sistemáticos – e já estamos prevendo uma série de outros treinamentos para evoluir no trato e na padronização do serviço e na orientação da população. Este é o serviço de fiscalização: não apenas multar, mas também, orientar para que o trânsito flua ordenadamente e com a maior segurança possível. Eu acho que a DMT está na sua melhor fase, agora coordenada pelo Capitão Neto, uma pessoa que possui uma disposição própria e motivado pelo desafio de fazer o melhor pela sociedade.
SeCom – A instalação dos parquímetros em Santa Maria recebeu, em um primeiro momento, críticas de diversos setores da comunidade. Atualmente, como o senhor avalia a questão?
CF – A própria empresa que instalou os parquímetros ponderou que Santa Maria talvez seja a cidade onde tenha sido mas discutida a implantação do sistema. Santa Maria tem essa característica de discutir sua forma de ser enquanto cidade e a sua organização. Acredito que os parquímetros melhoraram o uso urbano central. Daquela conturbação inicial, hoje nós temos poucas críticas, pois as pessoas perceberam a importância de se ter espaço, no centro da cidade, para estacionar os veículos a uma tarifa baixa. Despoluimos o Centro. Havia uma confusão no tráfego, prejudicando inclusive os pedestres que não conseguiam atravessar as vias, pois os …”

OBSERVAÇÃO: Se você desejar ler a íntegra da entrevista, acesse a página da Prefeitura Municipal na Internet, no endereço www.santamaria.rs.gov.br.