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Sanguessugas. Acaba a “virgindade” dos políticos gaúchos nos escândalos de Brasília

É verdade que, por enquanto, não há provas. No entanto, não deixa de ser muito desagradável aos gaúchos o fato de, pela primeira vez desde que começou a sucessão de escândalos envolvendo políticos em nível federal, parlamentares daqui acabam sendo citados como suspeitos de fraude.

Na chamada “CPI dos sanguessugas”, que investiga a compra superfaturada de ambulâncias, por municípios beneficiados por emendas parlamentares, surgiram os nomes de três deputados federais do Rio Grande do Sul: Edir Oliveira, PTB; Érico Ribeiro, PP; e Paulo Gouvêa, do PL. Os três alegam inocência.

Em Brasília, uma relação de nomes deve ser oficialmente divulgada nos primeiros dias de agosto, num relatório parcial da Comissão Parlamentar de Inquérito, cujos trabalhos devem ser interrompidos, para ser retomados após a eleição. Não se sabe, ainda, quantos nem quais deputados (e senadores) constarão dessa nominata.

Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, já é evidente o estrago feito pela simples nominação dos parlamentares. Dois deles, inclusive, têm emendas que beneficiam a região central. E os três fizeram bastante votos em Santa Maria. Mais de 2 mil, aliás, como relata a jornalista Jaqueline Silveira, em reportagem que o Diário de Santa Maria publica nesta terça-feira. Leia:

”No rastro dos sanguessugas
Dois dos três deputados gaúchos citados pela CPI que investiga fraudes fizeram emendas à Região Central

Até poucos dias, os gaúchos batiam no peito e se orgulhavam de o Rio Grande do Sul não ter nenhum parlamentar envolvido nos escândalos do mensalão e dos sanguessugas. Da semana passada para cá, a certeza já não é a mesma.

Tudo por conta da divulgação dos nomes dos deputados federais Edir Oliveira (PTB), Érico Ribeiro (PP) e Paulo Gouvêa (PL) como supostos beneficiados pela máfia das ambulâncias. O esquema usava dinheiro de emendas ao Orçamento da União para a compra dos veículos superfaturados pelas prefeituras.

Os três receberam votos em Santa Maria na eleição de 2002. Foram no total 2.314. Dois deles, inclusive, têm destinado recursos para a cidade e região por meio de emendas: Ribeiro e Gouvêa. Os três parlamentares negam o envolvimento.

Das cinco emendas apresentadas, só uma é para ambulância. Gouvêa mandou R$ 100 mil para Agudo. O dinheiro está na conta da prefeitura e o edital de licitação para a compra de um Furgão zero quilômetro está sendo elaborado. O pedido ao deputado foi feito pessoalmente pelo prefeito Ari Anunciação (PMDB) durante uma viagem a Brasília.

– No ano passado, fui em vários gabinetes de deputados pedindo ajuda para meu município, e fui, inclusive, no do Gouvêa – disse o prefeito.

Para ele, ainda é cedo para culpar os deputados. Segundo Anunciação, caberá à CPI dos Sanguessugas e à Polícia Federal comprovar as denúncias.

– É claro que onde há fumaça há fogo, mas só as investigações vão poder dizer quem é culpado. Para mim está bom, porque consegui os R$ 100 mil para a minha ambulância – afirmou o prefeito.

Em Brasília, o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que já tem provas contundentes contra 80% dos 112 parlamentares acusados. Jungmann afirmou que a comissão notificará todos os…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/

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