Fabiano e Peixoto gazeteiam reuniões de Comissões. Farret é CDF

É um prejuízo com o qual você, eu, nós, todos arcamos. Cada deputado estadual tem que, obrigatoriamente, participar de pelo menos duas comissões permanentes da Assembléia Legislativa. E, “de preferência”, participar das reuniões.
No entanto, como comprova reportagem publicada neste sábado, no Diário de Santa Maria, a assiduidade não é exatamente uma praxe para os parlamentares, embora, só em 2006, as comissões da AL devam custar algo em torno de R$ 2,5 milhões – só em salários e despesas administrativas.
Há, porém, algumas exceções. Poucas, mas existem, de deputados que de fato cumprem com suas obrigações. Tomando como base os primeiros 45 dias de ano legislativo (entre metade de fevereiro e final de março), percebe-se que, entre os três eleitos pela região central, há um “cdf”. O deputado José Farret, do PP, não tem uma falta sequer, às reuniões das comissões de que participa. Já Fabiano Pereira (e não vale a desculpa de que é vice-presidente do Parlamento), do PT, com sete faltas, e Marco Peixoto, do PP, com seis, não são exatamente os melhores “alunos” dessa escola fictícia – mas bastante real, no que toca a gasto público.

Confira, a seguir, trecho da reportagem publicada no DSM:

“Bem devagar, quase parando
Comissões da Assembléia não conseguem reunir deputados para votar propostas
De cada três reuniões agendadas pelas comissões permanentes da Assembléia Legislativa de 15 de fevereiro a 31 de março, apenas uma reuniu número suficiente de deputados para realizar votação de propostas. Na tentativa de evitar a paralisia das atividades, assessores têm de peregrinar por gabinetes e disputar a presença dos parlamentares nos encontros. E olha que o regimento interno da Casa determina que cada deputado é obrigado a participar de pelo menos duas comissões permanentes. Mas na prática, as ausências, embora justificadas, são muito freqüentes.
Dos três deputados da Região Central, dois estão entre os mais faltosos: Fabiano Pereira (PT) e Marco Peixoto (PP). Já José Farret (PP) não tem nenhuma falta.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Fernando Záchia (PMDB), argumenta que não havia projetos de plenário a serem votados nas comissões até 15 de março. Segundo ele, muitas vezes deputados não dão quórum por motivos políticos.
– Não houve prejuízo técnico. Sempre vai faltar quórum em uma ou outra reunião de comissão. Mas cada deputado deve viabilizar o processo, colocando assuntos de interesse coletivo na pauta – garantiu Záchia.
Mesmo com a dificuldade em garantir a presença de parlamentares, as 11 comissões permanentes podem custar até R$ 2,5 milhões em salários e despesas administrativas em 2006.
Com respaldo do regimento interno …”

QUEM DESEJAR ler a íntegra da reportagem, inclusive com quadros comparativos muito interessantes, pode fazê-lo (tem que ser cadastrado, mas é gratuito) no site do DSM na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/dsm/