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Pegou mal, e Assembléia não terá mais elevadores panorâmicos

Era, mesmo, um absurdo. Em tempos de economia, os deputados estaduais, por iniciativa da direção da Assembléia, teriam à disposição, a um custo de R$ 1,5 milhão, dois elevadores panorâmicos, supostamente para aliviar o movimento na sede do Legislativo. Mesmo que, como se perceberá na notícia abaixo, especialistas em construção civil, o custo normal de dos elevadores panorâmicos não custariam mais que R$ 180 mil. Ou R$ 120 mil se fossem comuns. Pois é.
O presidente da AL, Luiz Fernando Záchia, do PMDB, disse que a sua decisão, de não mais fazer a obra, foi “política’. E o santa-mariense Fabiano Pereira, do PT, foi cauteloso. Confira, você mesmo, a notícia publicada no jornal Zero Hora, nesta quinta-feira, em texto assinado pelos repórteres Leandro Fontoura e Marciele Brum:

“Assembléia não terá elevadores panorâmicos
Polêmica sobre custo da obra fez Záchia arquivar projeto
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Fernando Záchia (PMDB), desistiu ontem de instalar dois elevadores panorâmicos no prédio principal da Casa. Na terça-feira, a Mesa tinha dado aval para a execução da obra, que tem um custo estimado de R$ 1,5 milhão.
Depois de sustentar durante a tarde de ontem que a construção iria desafogar o trânsito nos quatro elevadores abertos ao público, Záchia recuou. No início da noite, o deputado disse que não irá mais realizar o projeto. Apesar de ter prometido divulgar nota oficial, não havia publicado nada no site da Assembléia até as 21h de ontem.
– Tomei uma decisão política. Não vou mais instalar elevadores. Milhares de pessoas irão continuar andando pelas escadas e ficando trancadas nos existentes. A imprensa está dando uma dimensão desnecessária ao tema – desabafou Záchia.
Na tarde de ontem, a preocupação de Záchia era com o uso do adjetivo “panorâmico” para definir os dois elevadores, com laterais metálicas, envoltos em vidro. Se a estrutura fosse feita, os usuários poderiam visualizar a Praça da Matriz com seus prédios históricos ao percorrer parte dos 12 andares da Casa.
– A palavra “panorâmico” dá idéia de luxo. Temos de cuidar para que ninguém se equivoque. Em termos de aparência, teremos o elevador mais eficiente e barato. Parece que os de vidro têm um custo menor – disse o deputado.
Segundo o superintendente administrativo e financeiro, Roberto Fialho, a ampliação poderia reduzir o gasto com manutenção, hoje de R$ 42,6 mil por mês. Atualmente, é preciso fazer revisão preventiva a cada dois dias, deixando pelo menos um elevador parado. Das 4,1 mil pessoas que circulam diariamente pelo prédio, pelo menos metade não usaria escada.
Vice-presidente da Assembléia, o deputado Fabiano Pereira (PT) foi cauteloso ao avaliar a necessidade do empreendimento:
– Temos de concluir um estudo sobre custos e verificar se realmente é importante construir em um período de carestia do Estado.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Carlos Alberto Aita, considerou “absurdo” o orçamento de R$ 1,5 milhão. Segundo ele, dois elevadores panorâmicos custam entre R$ 160 mil e R$ 180 mil num prédio de 12 andares. Dois comuns sairiam por cerca de R$ 120 mil.
– Pode ser necessário gastar na adaptação do espaço. Eu teria de ver o projeto para verificar o custo de implantação – explicou Aita…
”

QUEM DESEJAR ler mais sobre o tema, inclusive pelo menos outro texto a respeito, pode fazê-lo na página da ZH na internet, no endereço www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/

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