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Plenário da Câmara absolve João Paulo Cunha, contrariando parecer de Schirmer

O deputado santa-mariense fez sua parte. Nunca se deve esquecer que cumpriu o seu dever – embora, como o próprio Cezar Schirmer declarou, não queria essa missão -, fez um trabalho considerado primoroso, e que foi aprovado com folga no Conselho de Ética. No entanto, no plenário, venceu o corporativismo.
João Paulo Cunha, do PT de São Paulo e ex-presidente da Câmara dos Deputados, foi absolvido por seus pares, derrotando o parecer do parlamentar. Neste momento, o placar final ainda é desconhecido, mas o resultado, sim: não há votos suficientes para cassar João Paulo, entre os que restam ser apurados.
Reproduzo, a seguir, nota publicada há menos de 10 minutos no blog de Ricardo Noblat, que acrescenta outras informações àquelas que já ofereci a você.

“João Paulo escapa
Mais um para dividir a pizza: João Paulo Cunha acaba de ser absolvido pelo plenário da Câmara dos Deputados. Não há mais como se chegar aos 257 votos necessários para cassá-lo.
João Paulo é o oitavo deputado absolvido desde o início do escândalo do mensalão em junho do ano passado. Ex-presidente da Câmara, ele foi acusado de receber R$ 50 mil de Marcos Valério em setembro de 2004.
O saque foi feito na agência do Banco Rural de Brasília por sua mulher, Márcia Regina. João Paulo se enrolou todo quando o saque foi descoberto. Disse que sua mulher comparecera ao banco para pagar uma fatura de TV a Cabo. Viu que a versão não colou. E assumiu o saque.
João Paulo também foi acusado de favorecer Valério em contratos feito entre a SMP&B, empresa do publicitário, e a Câmara na época em que presidiu a Casa entre 2003 e 2005.
Ele sempre negou o tal favorecimento. Sobre os R$ 50 mil, culpou Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT. Disse que foi ele quem mandou pegar o dinheiro para pagar despesas eleitorais de Osasco, reduto político de João Paulo.
João Paulo disse que desconhecia a origem da grana. O Conselho de Ética não o perdoou e aprovou o relatório de Cezar Schirmer (PMDB-RS) a favor da cassação. Mas o plenário da Câmara não. Mais uma vez achou melhor livrar a cara de um colega.
João Paulo se junta a outros sete colegas absolvidos: João Magno (PT-MG), Wanderval dos Santos (PL-SP), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Sandro Mabel (PL-GO).
Foram cassados até agora somente três: José Dirceu (PT-SP), Pedro Correa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ).
Desta vez, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) se conteve. E o público ficou sem a ‘dança da pizza’.”

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