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“Guerra Civil”. Episódios de São Paulo expõem a falta de uma política de segurança pública

Porta arrombada, tranca de ferro. Somente após mais uma demonstração de força do crime – um número indefinido de mortos, mas não inferior a 60, milhões de prejuízo e o medo que toma conta da sociedade – é que surgem sinais de uma discussão em torno da fragilidade da segurança pública no País. E o debate é retomado, como demonstra uma entrevista do magistrado federal Jorge Maurique, ao site especializado “Consultor Jurídico”. Confira você mesmo:

Bárbarie em São Paulo
Matança sinaliza fracasso da política de segurança

O presidente da Ajufe – Associação dos Juízes Federais, Jorge Maurique, lamentou neste domingo (14/05) afirmou que a série de brutais assassinatos ocorrida em São Paulo nas últimas 48 horas demonstra claramente “o fracasso da política de segurança pública no país”. Segundo Maurique, precisa haver um compromisso de todos os setores organizados da sociedade para que os criminosos sejam colocados no seu devido lugar, a cadeia.”

Segue a entrevista do presidente da Ajufe:

Como o senhor analisa essa série de assassinatos de policiais em São Paulo?

Primeiro, a Ajufe lamenta que pessoas inocentes, no cumprimento do seu dever estejam sendo assassinadas de forma brutal. De outro lado, vejo com muita preocupação que isso demonstra claramente o fracasso da política de segurança pública no país inteiro. É inadmissível que os homens da lei sejam reféns do crime organizado. O fato já existia no Rio de Janeiro e agora se repete em São Paulo. Precisamos de respostas fortes, ou seja, precisa haver um compromisso de todos os setores organizados da sociedade para que sejam colocados os criminosos no seu verdadeiro lugar, a cadeia. O policial não pode ser atemorizado, o policial tem que ser respeitado, a sua função é importante e o assassinato de mais de trinta policiais em São Paulo é um momento de profunda frustração para os homens de bem deste país.

Mas, a polícia prende e a justiça solta. Por quê?

Na realidade temos uma legislação muito caótica, essa possibilidade de progressão de um sexto da pena na realidade favorece a criminalidade. O Congresso Nacional pode reagir com medidas duras aumentando o prazo para progressão de regime. Já há medidas inclusive neste sentido tramitando no Congresso e que poderiam ser votadas em regime de urgência. Mas, na realidade esta é uma falácia. O que temos dessa idéia de que a polícia prende e a justiça solta não é verdade. A polícia prende mas, às vezes prende mal, não toma os cuidados na hora da lavratura do flagrante ou deixa de requerer a prisão preventiva ao juiz da maneira adequada e, então, o juiz é obrigado a soltá-lo. Na realidade,…”


SE DESEJAR ler a íntegra da entrevista, pode fazê-lo acessando a página do Consultor Jurídico na internet, no endereço http://conjur.estadao.com.br/

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