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“Guerra Civil”. Pânico no estado de São Paulo

Podem, alguns, encontrar expressões diferentes. Este site, mesmo, já se utilizou, neste final de semana, de outra: “o Iraque é aqui”. De qualquer forma, a balbúrdia está instalada em São Paulo, desde a noite de sexta-feira. E, pior, já se reflete em outros estados. No Paraná e em Mato Grosso do Sul, por exemplo, vários presídios se encontram em estado de rebelião.

Não sei o que os jornais estão noticiando nesta segunda-feira. Afinal, as informações são absolutamente desencontradas, no entanto, mais de 60 penitenciárias paulistas foram alvo de rebeliões, policiais foram mortos em seu local de trabalho e vítimas inocentes já caíram. Ainda assim, o governador paulista, Cláudio Lembo insiste em dizer que tudo está “sob controle” e o chefe da Polícia Militar chegou a esnobar eventual ajuda federal, dizendo que os “130 mil policiais” paulista dariam conta de tudo. Será?

Vou reproduzir agora as últimas notícia disponíveis acerca dos acontecimentos inusitados de São Paulo. A primeira é a que foi publicada às 23h27 deste domingo, no portal Terra (http://noticias.terra.com.br/brasil/, assinada pela jornalista Lara Hassum. E a segunda, postada às 23h51 deste domingo, no site Folha Online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121485.shtml), sem autoria declarada, Confira:

”Banco é incendiado e tropas de elite saem às ruas

A onda de violência em São Paulo atingiu esta noite uma agência bancária em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. Segundo testemunhas, criminosos atiraram bombas incendiárias no local. O Corpo de Bombeiros foi acionado e já controlou as chamas.

Os 115 ataques do PCC já mataram 55 pessoas desde a noite de sexta-feira. Foram iniciadas rebeliões em 71 presídios do Estado, das quais 46 continuam em andamento. Os criminosos também incendiaram 20 ônibus no Estado.

Na noite deste domingo, o delegado Godofredo Bittencourt, chefe do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado, disse que as tropas de elite da polícia paulista estão prontas para ir às ruas. A Rota e a Tropa de Choque já estão a postos para iniciar as ações.

Bittencourt garantiu que a situação será resolvida. “O PCC tem preparo, entende de guerrilha, mas vai quebrar a perna”, disse ele. Ele desabafou e disse que a polícia é esquecida e confessou ter chorado na sexta-feira, após o início dos ataques.

O delegado chamou os criminosos de covardes, por atacarem policiais que estão de folga. Mas ele fez uma advertência e disse que, se não os detentos não forem impedidos de usar telefones celulares, com os quais organizam esse tipo de ataque, “a guerra vai durar mais tempo e mais gente vai morrer”.

Também na noite deste domingo o coronel da Polícia Militar de São Paulo Eliseu Eclair Teixeira Borges garantiu que a crise de violência no Estado estará resolvida até a segunda-feira. Ele disse acreditar que a polícia está virando o jogo. Segundo ele, os policiais não são covardes e estão enfrentando a situação.

Até agora, foram presos 82 suspeitos de participar dos 115 ataques realizados desde a noite de sexta-feira. Por meio de uma denúncia anônima, a polícia encontrou e apreendeu um arsenal de 92 armas na capital paulista.

O cel. Éclair também disse que foram montadas escutas para monitorar a ação dos criminosos. Quanto às rebeliões nos presídios paulistas, que agora atingem 44 instalações, o militar garantiu que as revoltas só aconteceram porque os presos não conseguiram fugir.”




”Rebeliões simultâneas atingem 54 unidades prisionais de SP

Rebeliões simultâneas supostamente coordenadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) atingiam 54 unidades prisionais de São Paulo às 22h deste domingo, de acordo com o governo estadual. Elas estariam ligadas à série de ataques contra forças de segurança do Estado promovida desde sexta-feira (12). Na noite deste domingo, ônibus foram incendiados.

Desde sexta-feira (12), foram registradas rebeliões em 80 penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias públicas do Estado. Do total, 25 eram consideradas controladas, na noite deste domingo.

Entre as unidades rebeladas, apenas a penitenciária feminina Sant’Ana (zona norte de São Paulo) não está superlotada. Ela tem capacidade para 1.600 presas, mas abriga 1.308 atualmente.

Tanto as rebeliões como os ataques são parte da retaliação promovida pelo PCC, à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção. Na quinta (11), 765 supostos integrantes do PCC foram levados à penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo).

Prejuízos

Na penitenciária 2 de Reginópolis (423 km a noroeste de São Paulo), um dos cinco agentes penitenciários reféns foi liberado pelos presos por problemas de saúde. Levado a um centro de saúde, ele permanece sob observação. Além dos outros quatro carcereiros, 300 visitas eram mantidas no prédio.

Na Penitenciária 2 de São Vicente (74 km a sudeste de São Paulo), os presos subiram até as caixas-d’água da unidade. Alguns familiares que aguardavam informações na porta da cadeia se comunicavam com os detentos por meio de telefones celulares.

No CDP (Centro de Detenção Provisória) de Bauru (343 km a noroeste de São Paulo), um agente disse à Folha que a unidade estava “quebrada”. Segundo esse agente, havia no local cerca de 130 visitantes, que eram liberados aos poucos pelos presos.

No CDP de São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), o motim terminou às 14h. De acordo com o diretor-geral do presídio, Marcelo Martins, os presos se renderam após a ameaça de entrada da tropa de choque. Durante a revista, foram encontradas facas caseiras.”

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