Coluna Observatório: a seção Luneta

Bons projetos, salvo as exceções sempre citadas, e raaaras, não conseguem ter boa vida no legislativo santa-mariense. Definitivamente, não.

Assim, o projeto antinepotismo, autoria de Tubias Calil, seguiu o mesmo caminho. Aliás, já começou “mal”, com o parecer contrário da Procuradoria Jurídica da Casa.

Você, leitor, nunca teve dúvida do destino da proposta – que aqui foi antecipado semana passada. A coluna informou inclusive o motivo pelo qual o projeto não prosperará: é muito bom. Esse é o problema.

E, creia, a idéia da restrição de gastos de diárias (as tais “indenizações de viagem”), autoria de Vilmar Galvão, também não irá muito adiante. Se é que chegará ao plenário. O defeito é o mesmo: é boa.

Enquanto isso, exceto um “remanejamento”, não se tem notícia de que haverá redução no número de estagiários ou CCs no Legislativo.

Recorde-se, para que o contribuinte não perca de vista os números: das 171 pessoas que servem à Câmara, só 43 são efetivas. As restantes são CCs ou CCs – neste caso, disfarçadas de estagiários.

Atenção: ninguém está discutindo a capacidade de quem quer que seja. Pelo menos não este colunista. A questão é outra, beeeem outra.

Do saco para a mala: a decisão de não mais racionar a água distribuída pela Corsan foi tomada direto em Porto Alegre. Para bom entendedor…

E mais: a determinação tem todo o jeito de Plano Cruzado (para os mais antigos) ou Plano Real 2 (para os menos antigos). Afinal, outubro não está tão longe assim, não é.

Que era a chorumela de João Carlos Maciel, na sessão de quinta-feira, na Câmara, quando renunciou à Comissão de Ética da Câmara? Não parece ser de alguém muito firme. E firmeza, como se sabe, é exigência sine-qua-non para quem quer ser prefeito.

Maciel cansou a beleza dos colegas, após um extenso “déjà vu”, relembrando o tempo em que foi contratado por Silvio Santos (o do Baú e do SBT), na rede Record.

Era puro choro contra a atitude dos colegas, que rejeitaram, na prática o seu colossal projeto “Vereador nos Bairros”. É verdade. É dura mesmo a vida de um parlamentar em Santa Maria. Ainda mais dos que querem trabalhar e não deixam. Que chato.