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Pacote agrícola de Lula desagrada ruralistas

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou no início da noite desta quinta-feira, uma série de medidas destinadas a, do ponto de vista do governo Lula, desonerar a produção agrícola e incentivar ao setor. Aparentemente, não adiantou. Tanto que, no Rio Grande do Sul, e no centro do Estado inclusive, não se descarta a possibilidade de seguirem os protestos que têm marcado as duas últimas semanas, inclusive com a obstrução de rodovias.

Sobre as medidas proclamadas pelo ministro e a reação a elas, pelos produtores, o jornal A Razão publica, nesta sexta-feira, reportagem assinada por Marcos Jorge. Confira:

”Pacote de medidas agrícolas
desagrada maioria dos produtores

Lideranças do setor dizem que medidas amenizam, mas não satisfazem as necessidades, protestos podem continuar

As medidas anunciadas ontem pelo Governo Federal para o setor agropecuário não vão pôr um fim aos protestos dos ruralistas. Pelo menos é o que afirmam algumas lideranças que coordenaram manifestações como bloqueio de rodovias nas últimas semanas, contrariando as expectativas do Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.

Para o presidente da Associação Rural de Santa Maria, Rodrigo Menna Barreto, coordenador do Movimento Reage Brasil as medidas amenizam um pouco do sofrimento dos produtores, mas não solucionam os problemas, pois a maioria já comercializou cerca de 50% da safra por um preço inferior. Segundo ele, ao que tudo indica os protestos vão continuar, mas antes os agricultores devem se reunir até o final de semana para analisar com mais calma a divulgação das medidas.

O proprietário rural Ricardo Lang também acredita que as medidas apenas adiam o problema e que o Governo deveria tomar medidas estruturais que resolvam a crise do setor ocasionada, segundo ele, pela perda de competitividade e renda. “A solução agora é que as entidades se mobilizem para reivindicar a rentabilidade dos investimentos”.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Santa Maria, Erony Paniz, a prorrogação das dívidas apenas cria problemas a longo prazo. “O que eles (o Governo) precisam fazer é dar garantia de um preço mínimo satisfatório, enquanto isso não ocorrer a crise deverá continuar. Um preço de R$ 22 não supre as necessidades nem os gastos do produtor que é de R$28. Esta situação é inviável”, comenta.

O Plano Agrícola e Pecuária 2006/07, anunciado pelos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, prevê R$ 50 bilhões para a agricultura comercial e R$10 bilhões para a agricultura familiar, o que. Durante a reunião também foi debatida a redução da taxa de juros cobrada no financiamento da safra, que hoje é de 8,75%.

A expectativa do Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, era que as medidas anunciadas desmobilizasem as manifestações de produtores em todo o país e acredita que as negociações com o setor estão encerradas. O Plano Agrícola e Pecuário, o chamado Plano Safra 2006-2007, tem como uma das principais medidas o refinanciamento das dívidas rurais referentes ao custeio da safra 2005-2006.

O Plano prevê que parte do crédito seja prorrogada automaticamente pelo prazo de quatro anos, em parcelas anuais, sendo que a primeira parcela vence um ano após a data de renegociação. Desta forma, a primeira parcela das dívidas renegociadas venceria em junho próximo. Quanto ao montante a ser prorrogado, poderá variar de 20% a 80% do total, dependendo da região do país e do tipo de produto. O Governo ainda anunciou a medida de refinanciamento de parcelas do Pesa, securitização e Recoop e planos de seguro rural.

Governador critica política agrícola

Na última segunda-feira, durante a abertura da 14ª edição da Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), em Cachoeira do Sul, o governador do Estado Germano Rigotto, fez duras críticas a política adotada pelo Governo. Segundo ele a cadeia produtiva do arroz sofre consequências dos equívocos da política econômica federal. “Os produtores vivem dificuldades inadmissíveis, nas quais o preço de mercado é uma fração do custo de produção”, disse.

Para Rigotto com a política atual os produtores ficam impedidos de exportar por causa do dólar baixo e de comprar máquinas e implementos agrícolas para renovação de frota, por estarem descapitalizados e ressaltou…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas desta sexta-feira.

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