Com o fim da candidatura própria, maioria dos diretórios do PMDB adere a Lula, de mala e cuia

O Rio Grande do Sul e outros poucos, mas importantes, estados são exceção. Ainda assim, no caso gaúcho, o próprio PMDB admite que parte do seu eleitorado vai votar no presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, por isso, não vai dar escada para que o o tucano Geraldo Alckmin suba no seu palanque – como registrei aqui, duas notas atrás.

O certo, porém, é que, como conta o jornalista Gerson Camarotti, em reportagem que o jornal O Globo publica neste domingo, a maior parte dos diretórios estaduais do PMDB vai mesmo é compor com o candidato à reeleição. Mas vai cobrar. E não será pouco. Ministérios (como o da Saúde, por exemplo) inteiros (com porteira fechado) serão pedidos. E recebidos, ao que tudo indica. E agora, antes do fim do primeiro governo. Tudo em nome da “governabilidade” num eventual segundo mandato.

Leia, aqui, trecho da reportagem de Camarotti, da sucursal de Brasília do jornal carioca:

”Favoritismo de Lula e negociação de cargos levam PMDB para seu palanque

O PMDB optou pelo pragmatismo nestas eleições: mesmo com dificuldade de fazer alianças estaduais com o PT, a maioria dos diretórios regionais do partido decidiu apoiar a candidatura pela reeleição do presidente Lula. Deixando em segundo plano os conflitos com o PT em vários estados, a cúpula governista do PMDB leva em conta dois fatores: o favoritismo de Lula nas pesquisas e a negociação de cargos e verbas num eventual segundo mandato. São moedas fortes para convencer liderados a abrirem espaço em seus palanques para Lula.

Embora tenha o apoio do PMDB na maioria dos estados, Lula ainda não garantiu os palanques mais cobiçados que o partido pode oferecer. Caso de São Paulo, onde o cacique Orestes Quércia ainda não decidiu se apoiará o petista ou o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. O apoio do PMDB fluminense também é incerto. O candidato ao governo do estado Sergio Cabral tem sido muito assediado por emissários petistas, apesar das resistências do grupo do ex-governador Anthony Garotinho.

Grupo governista vai tentar isolar oposicionistas

O grupo do PMDB que negocia diretamente com o presidente deve aprovar uma moção para consolidar o apoio majoritário dos diretórios regionais, mesmo nos estados em que a aliança do partido for com o PSDB ou o PFL. O documento, que seria aprovado pela executiva, pode sair ainda esta semana, isolando os oposicionistas da legenda. Essa operação está sendo fechada pelos senadores…

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/jornal/pais/.