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Serão apenas seis candidatos ao Planalto. Será?

Mesmo às custas da divisão do partido – boa parte não desejava esse desfecho – o PDT confirmou, na tarde desta segunda-feira, como candidato à Presidência da República, o senador por Brasília e eleito pelo PT, Cristovam Buarque, que também foi ministro da Educação nos primeiros dois anos do governo Lula.

A decisão pedetista foi tomada no mesmo dia em que o PPS de Roberto Freire decidiu apoiar apenas informalmente o tucano Geraldo Alckmin à Presidência, o que liberou a sigla a fazer as mais diversas alianças estaduais – desde que com partidos que não tenham candidato ao Palácio do Planalto. O que abre, por exemplo, a possibilidade da seção gaúcha de o PPS bancar, com o apoio de várias pequenas agremiações, a candidatura – ainda a ser oficializada – do deputado Nelson Proença ao Palácio Piratini.

O PDT e o PPS tomaram atitudes diferentes entre si, apenas dois dias depois de confirmado o nome de José Maria Eymael como candidato à Presidência pelo PSDC (Partido Social-Democrata Cristão) e da desistência, por problemas de saúde, de Enéas Carneiro, do Prona (Partido da Reunificação da Ordem Nacional).

Diante desse quadro, já é possível afirmar, a 10 dias do prazo final para a realização das convenções partidárias, que, salvo se algum minúsculo partido – alem do PSL, que decidiu concorrrer na noite desta segunda-feira – resolver se apresentar, em 2006 não haverá a verdadeira epidemia de concorrentes ao Palácio do Planalto, como se viu em pleitos anteriores.

Serão apenas seis: os já sagrados em convenção Geraldo Alckmin (PSDB), José Maria Eymael (PSDC), Cristovam Buarque (PDT) e Luciano Bivar (PSL), e os dois que ainda serão sancionados em convenção, o atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a senadora Heloísa Helena (PSol).

A nota triste de tudo isso é que a maior agremiação do País, com o maior número de prefeitos, vereadores, governadores e militantes, por sua completa divisão em confrarias regionais, está fora da disputa. Trata-se do PMDB. Que pena! Perde o eleitor uma grande oportunidade de poder escolher, finalmente, entre, a rigor, todas as correntes do pensamento político do País. Fica para a próxima – quem sabe com uma reforma política que torne os partidos, enfim, nacionais. Afinal, sonhar não custa nada.

Findo o prazo para as convenções, no dia 30, inicia pra valer a campanha eleitoral que vai desembocar em 1º de outubro. Em agosto, no dia 15, começa o horário de propaganda gratuita no rádio e na televisão. Quem não se viabilizar até lá, dificilmente terá condições de vencer o pleito. É o que dizem os principais analistas e historiadores das eleições brasileiras.

A largada é agora. A chegada, em outubro.

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