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Vai que a Varig seja mesmo vendida?! Pelo menos parece ter surgido um interessado com dinheiro

A rigor, ninguém sabe o futuro da Varig. Aliás, poucos acreditam mesmo que possa existir um futuro. Os credores, até agora, não viram sequer algo parecido com a cor do dinheiro que têm a receber. Os vôos não são mais cancelados às dezenas, mas chegam a quase duas centenas diariamente. A Justiça teme fazer um novo leilão e vê-lo, como o primeiro, fracassado – seja pela falta de pretendentes, ou mesmo porque o único que participou, o liderado pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), simplesmente não tinha os recursos sequer para a primeira parcela, quanto mais para o negócio inteiro.

Pois bem. Ainda assim, incrivelmente, parece haver um interessado. E com dinheiro. A VarigLog, ex-subsidiária da própria empresa agonizante, cuja aquisição foi confirmada na madrugada de sábado pela Agência Nacional da Aviação Civil, e controlada por três investidores nacionais e um grupo de investimento norte-americano (que tem 20%), pretende pagar U$ 485 milhões pela companhia pioneira da aviação comercial no Brasil e um antigo orgulho dos gaúchos, onde nasceu em 1927.

O juiz responsável pela recuperação judicial da Varig mostra, claramente, a maior das boas vontades para preservar a companhia. E adoraria, é o pensamento de quem está aqui, distante, consumar a venda, evitando desta forma a falência, ao mesmo tempo a decisão mais fácil, porém mais penosa e cruel.

O grupo interessado aparentemente tem “café no bule” e condições de tocar a companhia. No entanto, quer mantê-la voando e para isso pretende utilizar os recursos que se dispõe e investir, os quase U$ 500 milhões. Mas não fala, de outro lado, nos credores. Como estes ficarão?, é a grande dúvida que sobra, como relata a repórter Clarice Spitz, da sucursal carioca do portal Folha Online, do grupo que edita o jornal Folha de São Paulo onde, muito provavelmente, o texto a seguir será encontrado, na edição desta sexta-feira. Leia:

”VarigLog entrega à Justiça esclarecimento sobre oferta de compra da Varig

A VarigLog entregou à Justiça os esclarecimentos a respeito da oferta de US$ 485 milhões para a compra de Varig.

Segundo o advogado da ex-subsidiária de transporte de cargas da companhia aérea, Leonardo Viveiros, todos os detalhes da oferta foram apresentados e a convocação de uma assembléia de credores depende agora da Justiça.

“Conceitualmente, está tudo esclarecido. Do nosso ponto de vista, já há, se for o caso, condições de os juizes convocarem uma nova assembléia”, afirmou.

Ele afirmou ainda que todos os detalhes apresentados sobre a oferta estão de acordo com a Lei de Recuperação Judicial.

Segundo o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a assembléia de credores tem que ser convocada antes de a proposta ser levada a um eventual novo leilão de venda da companhia.

A Justiça do Rio confirmou o recebimento dos esclarecimentos e encaminhou os documentos para o Ministério Público Estadual e para o administrador judicial – a consultoria Deloitte -, que vão apresentar pareceres sobre a viabilidade da oferta.

O promotor que acompanha o processo de recuperação judicial da companhia aérea, Gustavo Lunz, afirmou que deve encaminhar um parecer à Justiça amanhã.

Um dos pontos que a VarigLog precisa esclarecer para a Justiça é como fica a antiga Varig, que concentra dívidas em torno de R$ 8 bilhões, já que a proposta da ex-subisidiária prevê somente investimentos na nova companhia.

Os recursos da oferta apresentada (US$ 485 milhões) seriam injetados no saneamento da companhia aérea e permitiriam a continuidade de seus vôos, mas não iriam para os credores.

A VarigLog depositou hoje US$ 200 mil na conta da Varig para garantir a continuidade de seus vôos. Até agora, a ex-subisidiária já fez quatro depósitos na conta da empresa aérea, num total de aproximadamente US$ 5,5 milhões, dos US$ 20 milhões que prometidos anteriormente.

O juiz Ayoub avalia os detalhes da oferta para evitar a convocação de um novo leilão de venda da Varig que também fracasse. No último dia 8, o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) ofereceu R$ 1,01 bilhão pela companhia aérea, mas não fez o pagamento da…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, e outros textos sobre o assunto, pode fazê-lo acessando a página de “Dinheiro” do portal da Folha Online, no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/

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