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Varig, mais um tubo é desligado. Em pleno CTI

Ao mesmo tempo, a tradicional Varig, em lenta agonia há muuuuitos anos, duas medidas no mesmo dia significam, quase, a morte da empresa. Nos Estados Unidos, ela expulsa da Iata, a entidade que congrega empresas aéreas de todo o mundo. Como conseqüência, nenhuma das associadas tem mais a obrigação de endossar as passagens vendidas pela brasileira.

E no Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil, diante do cancelamento de 60% dos vôos em 24 horas, decidiu repartir as rotas nacionais e internacionais entre as concorrentes.

A alguns, pareceria que as aves de rapina estão se aproveitando. A outros, que estão sendo defendidos os direitos dos consumidores. Em qualquer circunstância, ou com que olhos se queira ver, a realidade é só uma: a Varig, orgulho de gaúchos de todas as gerações, está simplesmente morrendo.

Em função do que se está vendo, alguém ainda acredita que o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), que teve a compra da companhia confirmada pelo juiz Luiz Roberto Ayub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela recuperação judicial da empresa, vai conseguir depositar R$ 75 milhões até esta sexta-feira? E, com isso, ligar de novo o tubo que ainda mantêm a Varig com os sinais vitais funcionando, mesmo que no Centro de Tratamento Intensivo (CTI)?

A situação está ficando cada vez mais triste. E o caminho do fim se aproximando. A propósito da decisão ANAC, leia a reportagem de Geralda Doca, Henrique Gomes Batista e Helena Celestino, correspondentes de O Globo em Brasília e Nova Iorque, que o jornal carioca está publicando nesta quarta-feira:

”Rotas da Varig em fatias

Diante do cancelamento de quase 60% dos vôos programados nas últimas 24 horas pela Varig – que teria informado ontem ao Ministério da Defesa que suspenderá 70% dos destinos internacionais – e das dificuldades dos trabalhadores em encontrar os recursos para capitalizar a empresa, o governo começou ontem a dividir as rotas da companhia aérea (domésticas e internacionais) entre as concorrentes. Segundo o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazi, o plano começa a ser implementado hoje e envolve o uso da capacidade ociosa das empresas nacionais, o fretamento de aeronaves e o compartilhamento de vôos com empresas estrangeiras.

Zuanazi disse que o plano foi elaborado para atender à demanda nas próximas 72 horas. Ele evitou associar a medida a uma iminente falência da Varig, embora tenha adiantado que um plano para uma eventual paralisação também está em estudo.

Ontem, a Varig suspendeu os vôos para os EUA até o dia 28. Nos próximos sete dias, nenhum avião da companhia voará para os EUA ou levará passageiros dos aeroportos americanos para São Paulo. Só nos Estados Unidos, são cerca de 3.200 passageiros que não poderão embarcar nos 16 vôos semanais da empresa: sete saindo de Nova York, seis de Miami e três de Los Angeles.

– Estamos acomodando os passageiros nas outras companhias. Todos que tiverem bilhetes Varig devem procurar nossos funcionários nos aeroportos americanos ou contatar os seus agentes de viagem – disse Roberto de Oliveira Luiz, gerente-geral da empresa para EUA e Canadá…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço http://oglobo.globo.com/jornal/economia/.

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