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Deputados. Não há dúvida: a vida é bem mais fácil para quem quer se reeleger ao Parlamento

Não há dúvida. Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), têm mais chances de obter vitória os candidatos a deputado (federal ou estadual) que já detêm mandato.

Entre os fatores a contribuir para essa situação está, por exemplo, a maior e natural exposição na mídia dos concorrentes já parlamentares. Isso os torna, é inevitável, mais conhecidos da população, em detrimento dos debutantes, que precisam fazer todo um trabalho de aproximação com o eleitorada, além de, claro, mostrarem competência política e as condições adequadas para exercer a função.

Também é contado como fator preponderante para facilitar a vida dos que já são parlamentares, as condições em que exercem seus mandados. Isso sobressai, especialmente, nos deputados federais, que contam com uma estrutura que custa, aos cofres públicos, algo próximo a R$ 100 mil mensais. E isso conta muito, na hora de fazer campanha.

E o que pensam a respeito os concorrentes de Santa Maria ao parlamento? Essa é uma das respostas buscadas pelo jornalista Thiago Buzatto, na reportagem que assina na edição deste final de semana de A Razão. Confira:

”Deputados saem na frente
Estudo do Diap conclui que parlamentares que se candidataram à reeleição levam vantagem sobre os demais

Deputados que concorrem a reeleição largam na frente daqueles que postulam cargos na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Legislativas pela primeira vez. É o que revela o estudo divulgado nesta sexta-feira pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). De acordo com os dados coletados, a principal vantagem dos atuais parlamentares sobre os outros postulantes é o – bom ou mau – uso da máquina pública durante o mandato.

O diretor do Diap, <>B>Antonio Augusto de Queiroz, afirma que a organização de uma base mais sólida graças e a exposição decorrente do exercício da função são fundamentais para os deputados-candidatos, mas também alerta que aos altos salários e benefícios assegurados aos parlamentares também foram responsáveis pela alta margem de reeleição dos últimos pleitos. “Eles têm nome conhecido, financiadores de campanha já definidos e uma série de outras vantagens não acessíveis a quem está disputando pela primeira vez”, reflete.

Queiroz cita como exemplo os benefícios alcançados pelos deputados federais que chegam próximo aos R$ 100 mil mensais. “É quase inevitável mobilizar, direta ou indiretamente, recursos de estrutura da máquina na campanha pela reeleição”, destaca. “É muito difícil saber se o combustível que o parlamentar está usando é decorrente da cota que a Câmara ou o Senado assegura para o exercício do mandato ou se foi custeado com recursos especificamente arrecadados para a campanha eleitoral”.

No entanto, o diretor do instituto alerta que fiscalizar de que forma é utilizada a máquina pública por aqueles que, após o vencimentos de seus mandatos, voltam a concorrer é extremamente difícil. “A Justiça Eleitoral é muito frágil e dispõe de poucos instrumentos para cumprir de modo eficaz o que determina a legislação”, diz.

“A fiscalização vai caber aos cidadãos de modo geral e à imprensa. Ela deve – encontrando alguma ilegalidade, algum desvio de conduta do parlamentar ou a utilização de recursos públicos ou da máquina pública em favor da reeleição – denunciar isso à Justiça Eleitoral, que dispõe agora de todas as condições para cassar o registro desses candidatos”, finaliza.

Adepto do “bom uso” da máquina pública, o prefeito licenciado de Santa Maria, Valdeci Oliveira, concorda com o resultado do levantamento apresentado pelo Diap. Em 1994, quando era vereador, Valdeci concorreu à vaga de deputado federal, ficando entre os suplentes. Durante o mandato, foi chamado para ocupar uma das vagas da bancada petista em Brasília e, na eleição de 1998, permaneceu em Brasília com votação suficiente para garantir o próprio mandato. “Minha reeleição foi bem mais fácil. A questão da reeleição vale pelo trabalho que foi feito, de como foi organizado, das relações construídas com a sociedade”, revela.

O índice estimado de reeleição para o pleito de 1º de outubro também aponta para a aprovação do levantamento do Diap. Embora o índice de renovação esperado seja o maior desde 1990 – quando chegou a 62% -, mesmo com escândalos como o “Mensalão” e “Sanguessugas”, o número não deve se distanciar muito dos 50%. Mesmo assim, as estimativas …”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas deste sábado.

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