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Os candidatos. A maioria é “dotô”. Mas há dois que só sabem ler e escrever. E um analfabeto

São sete candidatos a Presidente da República e 208 a Governador de Estado (ou do Distrito Federal). Os que concorrem a deputado federal são 5.400, e a estadual, 13.300. Os que tentam vaga ao Senado somam 228. No total, há pouco mais de 19 mil que se dispõem a disputar o voto dos brasileiros, em 1º de outubro.

Nesta sexta-feira, com base em suas próprias informações e nas repassadas pelos TREs, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou o grau de escolaridade de todos os pretendentes a um cargo eletivo.

A grande maioria tem curso superior. Mas há muitos com o ensino médio e com o ensino fundamental – completo, no caso de Lula, o único dos sete pretendentes à Presidência da República a não possuir curso superior.

Curiosamente, entre os mais de 200 candidatos a governo estadual, existem dois que afirmaram, nos documentos apresentados, apenas saber ler e escrever. E houve até um concorrente a deputado estadual do Rio de Janeiro que se declarou analfabeto – o que o eliminaria, na medida em que a lei permite que quem não saiba ler e escrever vote, mas não pode ser votado.

Também não deixa de ser curioso o fato de, quanto mais próximo geograficamente o pleito, maior o nível de “menos instruídos” – no caso, as assembléias legislativas ou distritais.

Para ter todos os detalhes, sugiro a leitura da reportagem publicada no site do TSE, que reproduzo a seguir?

”TSE revela o nível de escolaridade dos candidatos nas eleições de outubro

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta sexta-feira o perfil dos quase 20 mil candidatos que disputam cargos eletivos nas próximas eleições por grau de instrução. Entre os candidatos aos principais cargos majoritários – presidente da República, governador e senador – há candidatos que afirmam apenas ler e escrever ou que sequer possuem o ensino médio completo.

O TSE enfatiza que a estatística foi elaborada a partir da base de dados de candidatos cadastrados até o último dia 18 de julho. Algumas candidaturas ainda estão sendo conferidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – que avalia documentação incompleta, por exemplo – o que pode gerar alteração na base de dados.

O TSE também ressalva que não digita dados dos candidatos. O TSE recebe as informações fornecidas pelos candidatos à sucessão presidencial em meio magnético (CD-Rom ou disquete), mediante os requerimentos feitos pelo sistema CandEX. Com exceção dos candidatos a presidente, os dados de todos os demais postulantes aos cargos eletivos são repassados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Presidente e governador

Dos sete concorrentes relacionados para a presidência da República – que constavam da base de dados analisada – seis possuem curso superior completo. O atual titular do cargo e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (coligação PT-PRB-PCdoB), tem o ensino fundamental completo. A candidata Ana Maria Rangel (PRP), que foi incluída à base de dados posteriormente, também possui curso superior completo.

Dos 208 candidatos ao cargo de governador de estados e do Distrito Federal, dois deles afirmam apenas ler e escrever. Ambos são candidatos ao governo do Mato Grosso. Eles são Roberto Pereira, do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), comerciante; e Plauto Vieira (Gugu), do Partido Republicano Progressista (PRP), mecânico de manutenção.

A maioria dos candidatos a governador – 155 (equivalente a 74,5%) – por outro lado, declararam ter curso superior completo. Outros 26 (12,5%) disseram ter curso superior incompleto e 21 (10%) admitiram ter apenas o ensino médio completo. O restante, quatro candidatos, têm o ensino fundamental completo ou incompleto.

Dos 228 candidatos a uma cadeira no Senado Federal, 158 (69,3%) têm algum tipo de graduação superior; 34 (14,9%) revelaram ter o ensino médio completo; e 20 deles disseram não haver concluído a faculdade iniciada.

Aqui também aparecem 16 candidatos com pouca ou quase nenhuma instrução. Caso de um candidato na Bahia – José Maria dos Santos – do Partido da Causa Operária (PCO), que é padeiro e confeiteiro e declarou saber apenas ler e escrever. Outros três candidatos no Ceará, Maranhão e Santa Catarina, que dizem ter o ensino fundamental incompleto.

Deputados

O nível de instrução cai entre os candidatos a uma vaga de deputado federal. Dos 5.402 pedidos de registros a uma vaga na Câmara, em Brasília, pouco mais da metade (2.843, ou 52,6%) têm curso superior; 639 deles (11,8%) abandonaram a faculdade já iniciada; 1.175 (21,7%) disseram ter o ensino médio completo e 176 (3,2%) não concluíram o nível médio.

Nesse caso, aumenta o número de candidatos com baixa instrução: 182 candidatos a deputado federal não terminaram o ensino fundamental, equivalente ao antigo ginasial; 377 preencheram em suas fichas que têm o ensino fundamental completo e dez disseram apenas saber ler e escrever.

O nível de instrução cai mais ainda quando se trata de candidatos às assembléias legislativas e distrital: 13.321 concorrentes. Destes, só 5.690 (42,7%) têm nível superior; 1.470 (11%) disseram não haver concluído a faculdade; 3.686 (27,7%) terminaram o ensino médio e 590 (4,4%) não completaram o ensino médio. Para esses cargos, o contingente de candidatos apenas com o ensino fundamental completo chega…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do Tribunal Superior Eleitoral na internet, no endereço www.tse.gov.br.

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